Feira de Santana

Marmoraria instalada em área residencial traz problemas para moradores 

Segundo um morador, há oito meses que o dono informa que vai resolver a situação, mas até o momento nada mudou.

09/10/2023 às 15h02, Por Jaqueline Ferreira

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marmoraria ft ed santos acorda cidade
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Moradores da Rua São Cristóvão, no bairro Santa Mônica, entraram em contato com o Acorda Cidade para relatar problemas que têm enfrentado por conta da instalação de uma marmoraria em uma casa da rua. Segundo os moradores, inicialmente o proprietário do estabelecimento informou que seria um depósito, mas com o passar do tempo o serviço com as peças de mármore começou trazendo barulho, muita poeira e riscos com o pó que é extraído do trabalho. 

Segundo um morador próximo, que prefere não se identificar, há oito meses que o dono informa que vai resolver a situação, mas até o momento nada mudou. Enquanto isso, o pó do mármore e o barulho têm prejudicado a saúde de pessoas da família, além do adoecimento das plantas e degradação das casas próximas. 

“Está prejudicando a nossa residência, filhos, nossas plantas, destruindo tudo. A gente entendeu no início que seria um depósito, mas depois acabou sendo marmoraria. É noite e dia direto. Minha esposa está com problema de garganta por conta do pó do mármore. Ele diz para gente que vai resolver, mas até agora nada”, explicou ao Acorda Cidade. 

Érico Dutra mora próximo há mais de 40 anos. Ele explica que conversou com o proprietário e que inclusive houve diálogo, mesmo assim a situação não se resolveu. Segundo ele, além do barulho, a máquina faz muita poeira, gerando um pó branco que cobre os carros e as plantas, chegando até o interior das casas. 

“Eu reclamei com ele que a máquina faz muita zuada e muita poeira, os carros de manhã ficam com uma nata branca de poeira, o quintal, as plantas e ele disse que iria resolver”, contou. 

Erico dutra - vizinho da marmoraria ft ed santos acorda cidade
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Para o morador, a questão não tende a se resolver, pois outra máquina já chegou na casa para dar continuidade aos serviços. Além disso, ele disse que já denunciou a situação no Fala Feira, na Secretaria do Meio Ambiente (Semmam), e inclusive foi ao Ministério Público, mas até o momento nada foi resolvido. 

“Além do barulho da serraria, dos cortes e da poeira, eles ainda cortam em cima do passeio e a poeira vem toda pela frente. Sem falar nos caminhões que param em frente e ficam ligados, funcionando, o cheiro do gás carbônico vem para dentro de casa, às vezes eu peço para tirar para eu poder sair com meu carro. Já chegaram aqui às 3h30 da manhã para descarregar um caminhão, sete homens conversando, aquela zoada”, relatou. 

Em resposta, a Semmam informou que recebeu uma denúncia na manhã de segunda (9) e durante a tarde encaminhou um fiscal à marmoraria para verificar o ocorrido. 

Segundo a Semmam, o fiscal notificou a empresa e suspendeu de imediato a poluição atmosférica e sonora que estava causando no ambiente, bem como solicitou a apresentação na secretaria, no prazo de cinco dias, a Licença Ambiental e o Alvará de Funcionamento expedido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur). 

A Semmam disse que continua monitorando a marmoraria. 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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  1. NÃO SÓ EM BAIRRO NOBRE MAIS EM POPULAR TBM , MORO DEPOIS DA PISTA PASSO DIARIAMENTE DE BICILETA EM UMA RUA QUE TEM UMA OFICINA QUE O CHEIRO DO PRODUTOS E TÃO FORTE QUE PASSEI MAL, NAO SEI COMO UM VIZINHO AGUENTA . INFELIZMENTE NAO TENHO OUTRO LUGAR PRA PASSAR , DOU SORTE QUANDO NÃO TEM NENHUM CARRO LAVANDO. DESVERIA TER SIM UMAS FISCALIZAÇÃO , EM SERRARIAS , LAVA JATOS, OFICINAS AREA, RESIDENCIAL DEVERIAS SER PROIBIDO

  2. Indico aos senhores vizinhos formalizarem uma denúncia ao Ministério Público (preferencialmente via internet) que é mais assegurada a resposta.

  3. Pois é, a prefeitura libera alvará, sem antes fazer um estudo de viabilidade (logística/segurança/econômica)… E assim, a cidade vai crescendo desordenadamente! Tem que criada, zonas segmentadas de comércio: Zona de autopeças… Zona de marmoraria… Zona de confecções… E assim por diante. A cidade tem que crescer, de forma ordenada… ou será para sempre, essa bagunça!

  4. Terra sem Lei e sem governo. O resultado é bagunça em todos os lados. Com certeza não tem alvará para funcionar e como nunca existe fiscalização, os caras montam o que querem nos lugares impróprios.

    1. Só quem já morou vizinho a uma marmoraria sabe o que é viver ouvindo barulho da maquita cortando mármore, poeira fina que cobre tudo dentro de casa… daqui a um tempo, até matadouro vai ter dentro dos bairros residenciais. Do jeito que a baderna nas leis municipais funcionam? Dúvida nada

      1. Concordo com você Souza, moro em frente a uma marcenaria e o dono não tem hora pra ligar a maquina, tenho filho pequeno e vivo no hospital e na farmacia por conta do pó da serra sem falar no barulho altas horas da noite ou de madrugada. Se existem areas comerciais, não tem porque esses comercios estarem em areas residenciais

    1. Talvez ai agora essa Secretaria que se diz do Meio Ambiente tome providências por se tratar de bairro nobre da cidade, por que aqui no Feira VII tem uma que denúncio desde 2007 tanto no MP como nessa Secretaria omissa conivente por se tratar de uma área que PMFS processo 121899-2008 Reenvindica Reintegração de Posse da Área onde uma parte dessa fábrica continua instalada aqui as vista da SEMAN, SEDUR e quem quiser consultar e verá todas as denúncias e providências que foram tomadas por todos esses ógãos pois tenho toda documentação para provar o que estou falando. Feira é terra sem Lei.

    2. Estou com o amigo aí , denominado INFORMAÇÃO, se fosse um bar badalado que nos fins de semana ninguém consegue trafegar na rua, muito menos ter o seu momento família, ou se fosse os paredões, ninguém estaria reclamando .

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