Sistema Penitenciário

Com 1.700 presos, CPFS tem apenas 20 policiais por plantão, diz sindicato

O Conjunto Penal de Feira de Santana é a maior unidade prisional do estado da Bahia, e o quadro de servidores está muito abaixo do recomendado.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Foi realizada nesta terça-feira (12) no Conjunto Penal de Feira de Santana uma assembleia do Sindicato dos Servidores Penitenciários da Bahia (Sinpeb), com o objetivo de trazer esclarecimentos e alinhar a pauta de reivindicações da categoria. O presidente do sindicato, Reivon Pimentel, disse ao Acorda Cidade que os principais pontos da pauta são referentes a abertura de concurso público para recompor o efetivo de policiais penais e a valorização salarial.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

De acordo com ele, o Conjunto Penal é a maior unidade prisional do estado da Bahia, a mais populosa, com cerca de 1.700 apenados, e conta com apenas 20 policiais penais por plantão. Ele relatou que colegas estão vindo de Salvador para ajudar a atender a demanda, pois o quadro de servidores de Feira de Santana está muito abaixo do que recomenda o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“A recomendação do conselho é que para cada cinco presos tenha um policial penal, se fôssemos atender, teríamos que ter de 350 a 370 policiais penais por plantão. Isso é um número maior do que temos em todo o estado. Sabemos que é difícil chegar a esse patamar, mas como o antigo superintendente da Seap e o Ministério Público solicitaram, deveríamos ter em torno de 150 policiais penais por plantão”, acrescentou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Reivon informou também que muitos profissionais estão adoecendo devido a carga excessiva de trabalho e há um número alto de licenças médicas e atestados.

No início do mês de outubro, de acordo com ele, haverá uma assembleia deliberativa com a categoria e será avaliada a possibilidade de ocorrer paralisações ou greve geral.

“Tudo depende do posicionamento do governo, que se sensibilize e reconheça o esforço e o sacrifício que estamos fazendo até com a nossa saúde”, frisou.

O sindicalista relatou que no dia 15 de fevereiro foi entregue ao governo do estado a pauta de reivindicações da categoria e até o momento não houve nenhuma resposta.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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