Após denúncia de agressão

Moradores da ocupação Lucas da Feira e estudantes ocupam frente da reitoria da Uefs

José Carlos disse que caso a agressão seja confirmada, a universidade terá que se posicionar e exigir da empresa de segurança que retire as pessoas envolvidas no episódio.

Daniela Cardoso

 
 
Estudante Marcos Santos de Souza, 35 anos, diz que foi agredido
 
Estudantes da instituição e moradores da ocupação Lucas da Feira acamparam em frente a reitoria em reivindicação
 
 
O reitor explicou que existem recomendações do setor de segurança da universidade e que é necessário o cumprimento. De acordo com ele, até esse momento não é possível afirmar nada.
 
“Durante os finais de semana e feriado, para ter acesso a universidade, as pessoas precisam solicitar uma autorização. A universidade precisa ter controle sobre a segurança. Outra regra é que ninguém pode sair da Uefs portando objetos que sejam da instituição sem uma devida autorização, mas isso também não autoriza ninguém a cometer violência”, ressaltou.
 
Sobre a acusação de que os estudantes estão sofrendo discriminação por serem negros e homossexuais, José Carlos também afirmou que haverá investigação e que a situação terá que ser bem configurada
 
 
Outra reclamação dos moradores da ocupação Lucas da Feira é que as crianças que moram no local não podem estudar na escola básica da Uefs, mas o reitor da universidade, explicou que nenhuma criança é impedida de estudar na escola que tem ingresso através de sorteio
 
“Os pais devem inscrever as crianças, pois o ingresso é por forma de sorteio, que existe um número limite de alunos que a escola pode acolher e essa quantidade não pode exceder as vagas existentes”, afirmou.
 
José Carlos disse que caso a agressão seja confirmada, a universidade terá que se posicionar e exigir da empresa de segurança que retire as pessoas envolvidas no episódio. “Nós vamos investigar. Não podemos admitir violência”.
 
Negociações sobre o Restaurante Universitário 
 
Sobre as negociações com os estudantes que ocuparam o Restaurante Universitário no mês de abril, o reitor José Carlos disse que as investigações estão avançando.
 
“Não está com a celeridade que gostaríamos, mas tivemos uma reunião de negociação e entendemos que estamos na proximidade de um acordo. Dos seis pontos da pauta, apenas um, que é a questão do funcionamento do self service, ainda precisa de negociação”, informou.
 
Outra denúncia 
 
Helder Santos, mais conhecido como Ran, estudante de História da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), disse que foi participar de um evento e terminou sendo agredido no dia 3 de abril por seguranças da UEFS no espaço “Senzala”. Ele afirmou que pretende ingressar no Ministério Público.
 
“Já temos uma série de relatos que vem sendo cometida contra a comunidade universitária. Não é a primeira vez que isso acontece, por isso devemos denunciar”, afirmou.
 
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade