Feira de Santana
Após privatização dos cartórios, população ainda reclama das longas filas
O deputado estadual e líder do governo, José Neto, participou de uma audiência, nesta quinta-feira (11) no auditório da CDL, onde foram discutidos pontos para melhorar o atendimento nos cartórios privatizados e para falar sobre os cartórios que não foram privatizados.
Daniela Cardoso
Mesmo com a privatização de alguns cartórios em Feira de Santana, a população ainda reclama da demora e das longas filas para conseguir atendimento. A dona do Cartório de Imóveis, Mauraci de Carvalho, explicou que “por ter saído de um processo bem atrasado, bem caótico, que não era informatizado, muitos documentos acumulados estão sendo informatizados nos cartórios”. Mesmo com essa transição, ela avalia que o serviço já melhorou muito.
De acordo com Mauraci, são apenas 30 dias de trabalho e o processo de informatização é lento. Uma equipe do estado de São Paulo está no local trabalhando para informatizar cerca de 70 mil dados.
A dona do Cartório afirmou que não existe carência de funcionários no local. De acordo com ela, antes o cartório contava apenas com 5 funcionários e agora possui 17. “A carência que temos é apenas na implantação do sistema, pois o cartório não pode ser fechado. Estamos trabalhando paralelamente. Tem até muita gente trabalhando para o espaço que é pequeno”, disse.
O deputado estadual e líder do governo, José Neto, participou de uma audiência, nesta quinta-feira (11) no auditório da CDL, onde foram discutidos pontos para melhorar o atendimento nos cartórios privatizados e para falar sobre os cartórios que não foram privatizados. Ele informou que as instituições privatizadas estão criando um fundo de compensação que vai ser responsável por garantir aos não privatizados o funcionamento adequando.
“Estamos buscando uma sintonia para melhorar o atendimento e vamos cobrar ao Tribunal, o que está sendo feito nos cartórios que não foram privatizados, como vamos gerir esse fundo e como ele vai funcionar. A população precisa que os cartórios tenham um bom funcionamento”, disse.
Zé Neto afirmou que ainda existem filas no fórum, porque alguns cartórios não foram privatizados. Ele disse ainda que é necessário existir um canal de interação com a população para que as pessoas possam fazer reclamações e dar sugestões.
Juliana Alvir, representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – Feira de Santana), disse esperar que a privatização venha a somar para a moralização e celeridade dos servidos. De acordo com ela, alguns cartórios ainda não conseguiram acabar com as filas devido a mudança no sistema do tribunal e a demanda reprimenda.
“Antes eram atendidas apenas 20 pessoas, de acordo com a quantidade das senhas distribuídas, hoje todas as pessoas que chegam ao local são atendidas. Estamos empenhados em auxiliar todos os que optaram pela privatização, não é fácil pegar uma estrutura defasada e transformar com capital próprio em serviço. Pedimos que a população tenha paciência”, afirmou.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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