Acorda Cidade
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) anunciou, segunda-feira (16), a elucidação da morte do adolescente Tarsis Santos Lima, 17 anos, alvejado a tiros na passarela que liga a Avenida Tancredo Neves ao bairro de Pernambués, em Salvador, no dia 2 de março. Um laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) concluiu que a pistola apreendida em poder do soldado da Polícia Militar, Edaniel Antônio Querino, é a mesma que baleou o adolescente.
Segundo a delegada Clelba Regina Teles, titular da 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central), que conduziu as investigações, Edaniel confirmou, durante o interrogatório, ter feito os disparos, naquela noite, em legítima defesa. O policial disse ter sacado a arma ao perceber um grupo de pessoas, na passarela, atirando em sua direção. Edaniel estava acompanhado de outro policial militar, que já foi ouvido, mas negou participação no episódio.
O promotor Antônio Luciano Assis, do Ministério Público (MP), está acompanhando as investigações, tendo inclusive participado dos interrogatórios aos policiais militares. Um relatório com o andamento das investigações, assim como as informações já apuradas, foi encaminhado ao Comando da Polícia Militar.
Protesto
Na noite do crime, Tarsis, juntamente com um grupo de amigos, se dirigia a um show de pagode naquelas imediações, quando foi atingido por uma bala perdida. Socorrido ao Hospital Roberto Santos, o adolescente não resistiu aos ferimentos. Testemunhas ouvidas no DHPP afirmaram que dois homens atiraram contra um grupo de adolescentes que tentou assaltar uma mulher na passarela sobre a Avenida Tancredo Neves. Dois dias após o crime, familiares do adolescente protestaram em frente a um shopping da região. As informações são da Polícia Civil.