Educação
Escolas municipais adotam estratégias para acolher crianças e adolescentes refugiados
A legislação brasileira determina que a proteção internacional garanta os mesmos direitos aos refugiados e a qualquer outro estrangeiro, incluindo o acesso à educação.
20/06/2023 às 17h55, Por Acorda Cidade
Neste ano, a Educação Municipal registra a matrícula de 26 estudantes refugiados em 13 unidades escolares do município. Essas crianças e adolescentes são provenientes do povo Warao, uma etnia indígena originária da Venezuela, que encontrou abrigo em Feira de Santana após fugir de suas nações de origem. Nesta terça-feira (20) é celebrado o Dia Mundial do Refugiado. Em Feira de Santana a Prefeitura promove políticas inclusivas para pessoas refugiadas desde o ano passado, quando os imigrantes passaram a chegar com maior frequência à cidade.
Com o objetivo de proporcionar uma acolhida respeitosa a todos, a Secretaria Municipal de Educação estabeleceu a Comissão Interna sobre Estudantes Internacionais, responsável pelo diálogo constante com os gestores das escolas que recebem esses estudantes. Segundo Andréia Castliglioni, membro da Comissão, a prioridade no plano de acolhida é desenvolver estratégias que ultrapassem as barreiras linguísticas, proporcionando um convívio harmonioso entre as diferentes culturas.
“No início deste ano, convidamos os gestores das escolas que tiveram alunos refugiados matriculados no ano passado para avaliar como foi a adaptação de todos ao longo do ano. A partir dessa avaliação, conseguimos alinhar estratégias para tornar o ambiente escolar o mais saudável e acolhedor possível para essas crianças”, explicou.
Castliglioni também ressaltou que entre as principais causas do deslocamento dessas famílias estão os conflitos e perseguições decorrentes das crises econômicas, políticas e sociais que afetam o país latino-americano há pelo menos dez anos.
A legislação brasileira determina que a proteção internacional garanta os mesmos direitos aos refugiados e a qualquer outro estrangeiro, incluindo o acesso à educação. Em Feira de Santana, todos os que buscaram as escolas municipais foram matriculados e tiveram seus documentos providenciados.
“Após a matrícula do aluno refugiado, a escola desenvolve ações inclusivas para permitir que ele mantenha o vínculo com sua língua materna, ao mesmo tempo em que se adapta ao idioma português, a fim de evitar qualquer forma de discriminação no ambiente escolar”, afirmou a secretária Municipal de Educação, Anaci Paim.
As informações são da Secom de Feira de Santana.
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A partir do momento que aceitamos a entrada dos irmãos expulsos involuntariamente de suas Pátrias, achei a iniciativa solidária, humana, e correta, que deveria ser lei. “Refugiados”, é uma palavra pesada. “Abrigados”, talvez definisse melhor. Também corremos um grande risco de nos tornarmos “refugiados” ou “abrigados” no futuro, em terras distantes.