Saúde

Vereador Ailton Rios reclama de atendimento desumano no Clériston Andrade

O vereador relatou duas situações distintas em que considerou a atendimento desumano. Em um dos casos o paciente morreu.

01/03/2012 10:31

^{Ney Silva}

O vereador Ailton Rios (Mô), reclamou durante pronunciamento na sessão desta quarta-feira (29), sobre um atendimento que ele disse considerar no mínimo desumano no Hospital Geral Clériston Andrade.

Ele contou que um senhor conhecido como Tio Zé, de aproximadamente 70 anos e com problemas cardiovasculares, chegou ao hospital por volta das 5h e até as 20 horas estava sem alimentação. “Fomos verificar junto a equipe e a dieta era zero”, disse.

Segundo o vereador o idoso poderia estar se alimentando e que teria pedido ao filho para ser retirado do hospital, pois não estava mais aguentando de fome.

O vereador disse ainda que só depois que manteve contato com a equipe é que o paciente foi alimentado. O médico que acompanhava Tio Zé informou que os exames realizados indicavam que ele estava bem. Mas ainda de acordo com Ailton Rios foram solicitados alguns exames de laboratórios que não puderam ser feitos devido a falta de um bioquímico para assinar os exames.

“O paciente teve alta, foi para casa e depois acabou sendo internado no Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA) onde vai ser submetido a uma intervenção cirúrgica para colocação de um cateter”, informou o vereador.

Óbito

Um segundo fato relatado por Ailton Rios foi o de um paciente conhecido como Seu Roxo que mora próximo ao povoado da Tapera. De acordo com o vereador, depois de passar pela policlínica do Tomba, ele foi levado para o Clériston Andrade. O homem teria ficado dois dias internado e no terceiro dia teria que ser transferido para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas acabou morrendo, pois não conseguiu a transferência.

“Ficamos chocados. O paciente chegou com principio de infarto, estava sendo acompanhado por uma equipe médica e morreu”, afirmou Mô.

O vereador informou que em contato com o médico que atendeu o paciente, ele relatou algumas dificuldades para realizar os procedimentos. “O médico me disse que as vezes tem até que ir buscar uma fita de glicemia para constatar se o paciente é diabético ou não e que em muitas oportunidades tem que reanimar o paciente no chão”, afirmou Mô em tom de desabafo.

Na opinião do vereador, se o paciente tivesse ficado pelo menos em uma sala de estabilização sendo monitorado poderia ter sido salvo.

Melhorias para o cadastramento do cartão SUS

O vereador Ailton Rios (Mô), preocupado com a situação das pessoas que estão fazendo o cartão do SUS, informou na sessão desta quarta-feira, que manteve contato com a diretora de Gestão da Rede Própria, Gilberte Lucas, para melhorar o atendimento ao público.

Ele informou que sugeriu que o atendimento fosse feito aos sábados e também no ônibus do programa Feira Digital. Segundo Ailton Rios, pessoas de outros municípios estariam fazendo o cadastramento em Feira de Santana sobrecarregando o serviço. Ele lembra que todos os municípios têm a responsabilidade de fazer o cartão SUS.

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