Reivindicação

Coletivo faz abaixo assinado por implementação de capoeira nas escolas municipais de Salvador

O Legislativo de Salvador tenta implementar a capoeira nas escolas municipais, mas enfrenta resistência com a pauta.

Coletivo faz abaixo assinado por implementação de capoeira nas escolas municipais de Salvador Coletivo faz abaixo assinado por implementação de capoeira nas escolas municipais de Salvador Coletivo faz abaixo assinado por implementação de capoeira nas escolas municipais de Salvador Coletivo faz abaixo assinado por implementação de capoeira nas escolas municipais de Salvador
Capoeira nas escolas
Foto: Alex Sander

Este ano é celebrado duas décadas da lei 10.639/2003, que garante a cultura afro-brasileira nas escolas. O Legislativo de Salvador tenta implementar a capoeira nas escolas municipais, mas enfrenta resistência com a pauta.

Enquanto expressão artística brasileira, a capoeira contempla o esporte, a luta, a filosofia, a dança e a musicalidade. Para preservar essa ancestralidade, o Vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB) criou o projeto de lei nº 170/2022, que visa instituir o ensino da capoeira nas escolas municipais de Salvador e, para a surpresa da população, o Prefeito Bruno Reis (União Brasil) vetou a proposta mesmo após o PL ter sido aprovado por unanimidade na Câmara Municipal. Como resposta ao veto, capoeiristas deram início a um abaixo assinado em defesa da capoeira como parte da formação educacional e cultural dos soteropolitanos.

A iniciativa é do Capoeira em Movimento Bahia (CMB) e da Salvaguarda da Capoeira na Bahia. As pessoas interessadas em participar do abaixo assinado devem acessar aqui e preencher o formulário. O PL é parte do movimento que levou à aprovação da lei Moa do Katendê, no estado da Bahia.

Políticas públicas e ações que garantam o acesso da população a direitos em sua plenitude, bem como a preservação da ancestralidade, cultura e das suas tradições são reivindicações apontadas constantemente por coletivos negros na capital majoritariamente negra.

“Não aceitamos que na cidade mais negra fora da África a capoeira não seja reconhecida com um elemento de identidade cultural do nosso povo. A nossa expectativa é que com a coleta de assinaturas através do abaixo assinado, o prefeito reveja sua posição e possa apresentar um projeto de lei que garanta a capoeira nas escolas públicas municipais. Enquanto isso não acontece, vamos mobilizar a capoeira e a sociedade para denunciar essa situação através da campanha: “Salvador, capital afro?”, questiona o coordenador do coletivo Capoeira em Movimento Bahia (CMB), Jacaré Dialabama.

Capoeira nas escolas
Foto: Caio Lélis

Luta e ancestralidade

Congregando capoeiristas, amigos e simpatizantes da defesa da cultura popular e da arte afro-brasileira, o CMB é um movimento social que atua na busca por políticas públicas para que os capoeiristas possam viver dignamente da sua arte. Por meio do CMB junto com a Salvaguarda da Capoeira na Bahia, a Bahia foi contemplada com a lei Moa do katendê (Nº 14.341/2021) – de autoria da Deputada Estadual, Olívia Santana (PCdoB) – que estabelece a capoeira nas escolas públicas da Bahia.

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram