Planos de Saúde

Pacientes reclamam de norma provisória estabelecida pela Unimed Feira de Santana

De acordo com o assessor de comunicação da Unimed Feira, Edson Borges, a medida visa verificar os procedimentos realizados e identificar problemas estatísticos.

Andréa Trindade

 
Diversos usuários do plano de saúde da Unimed Feira de Santana ficaram surpresos neste mês ao se dirigem a clínicas da cidade para solicitar exames e consultas médicas. Uma norma provisória estabelecida pelo plano de saúde está exigindo autorização para marcar exames.
 
De acordo com o assessor de comunicação da Unimed Feira, Edson Borges, a medida visa verificar os procedimentos realizados e identificar problemas estatísticos.
 
“Nacionalmente para cada paciente, uma média de 10 exames, mas em Feira de Santana vários pacientes que fazem de 40 a 60 exames. Então, a Unimed, escolheu o mês de janeiro, em que cai mais o movimento, para fazer esse diagnóstico”, explicou.
 
Edson assegurou que a medida não vai prejudicar os pacientes e que a norma não é permanente.“É uma forma até mesmo de preservar o que é pago pelos usuários. Não se trata de falência”, afirma.
 
Muitos usuários não foram informados da novidade e precisaram pegar senhas no escritório do plano de saúde para conseguir a autorização.
 
Aline Almeida Santos chegou as 7h enquanto o filho de apenas um ano de idade a aguardava numa clínica, onde esperava em jejum a consulta.
 
“Me disseram que eu teria que pegar uma autorização e me deram uma senha de número 21. Ninguém me avisou. Isso é um absurdo, com uma criança de um ano”, reclamou.
 
Priscila Ribeiro, também estava muito chateada com a situação.  “Sou cliente da Unimed muitos anos. Tínhamos direito de fazer de 15 a 20 exames e agora tive uma surpresa, porque hoje pela manhã quando cheguei ao laboratório, pude fazer cinco”, relatou Priscila, que precisa fazer exames de glicemia, hemograma, colesterol e triglicérides.
 
”Eu achei uma falta de respeito, porque se eu pago o plano de saúde todo mês eu tenho direito de fazer os exames que eu quero. Se até para esse tipo de procedimento houve redução imagine se for para fazer uma ressonância, um raio-x, um exame de imagem”, observou
 
Isaias da Silva, de 74 anos, disse que agora pode fazer até quatro exames porque não tinha mais cota para ele.  
 Antônia Alves Medeiros está precisado realizar uma mamografia, mas foi informada que poderia ser consultada após um ano.
 
“Só está fazendo exames das mamas de ano em ano, mas eu to me sentido mal. Levei o material na clínica e disseram que eu tenho que pedir uma autorização para fazer o exame”, disse.
 
O comerciante Ednaldo Fraga veio de Ipirá com as filhas de 4 e 10 anos de idade e também teve que aguardar para receber uma senha e pedir autorização para solicitar os exames das meninas”Elas estão dormindo ali no carro em jejum e podem ser atendidas com a autorização.”, informou