Daniela Cardoso e Ney Silva
“Nosso alvo de apreensão não será mais as lojas e bancas de mercadorias importadas e sim os depósitos de distribuição”, a afirmação foi feita pelo Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado da Superintendência da Polícia Federal na Bahia, Marcelo Werner, que comandou a Operação Feira Chinesa desencadeada na manhã desta quinta-feira (15) em cinco depósitos que armazenavam mercadorias contrabandeadas ou que chegaram a cidade por prática de crime de descaminho.
A operação Feira Chinesa foi determinada pelo Juiz Durval Carneiro da 2ª vara Crime da Justiça Federal em Feira de Santana. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em depósitos localizados no entorno da praça Presidente Medici, onde funciona o Feiraguai. Ao todo foram mobilizados 80 policiais federais e 20 fiscais da superintendência da Receita Federal na Bahia.
Marcelo Werner concedeu uma entrevista coletiva no posto da Polícia Federal, quando fez uma avaliação dos trabalhos desenvolvidos na operação. Ele explicou que o objetivo da operação foi reprimir os crimes de contrabando, descaminho e falsificação.
Werner disse que os depósitos, onde as mercadorias foram apreendidas, serviam para abastecer as lojas e bancas do Feiraguai, mas desconfia também que possivelmente as mercadorias sejam vendidas para cidades da micro-região e até para outros estados. “Vamos fazer um estudo para poder mapear e descobrir de onde está vindo essa mercadoria contrabandeada e se daqui de Feira está servindo como ponto de distribuição”, afirmou.
Os policiais federais e os fiscais da Receita Federal apreenderam equipamentos eletro-eletrônicos como calculadoras, CDs, DVDs, rádios, pen drives, além de cigarros, roupas e uma grande quantidade de tênis importados, possivelmente falsificados. Os produtos apreendidos foram transportados em três caminhões baús e estão sendo levados para a superintendência da Receita Federal em Salvador.
O delegado informou que até o momento não é possível avaliar o valor global do que foi apreendido, mas que pode passar de um milhão de reais. Ele disse ainda que no local das apreensões não havia ninguém e que como os mandados eram só de busca e apreensão, ninguém foi detido.
Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade