Foto: Arquivo Pessoal
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O coiteense e fundador da Brigada Voluntária Águia Resgate de Conceição do Coité, Antônio Gildo Silva Carneiro, contou em entrevista ao Acorda Cidade a sua história de superação após sofrer um acidente de moto em um viaduto na cidade de Retirolândia, em 2008.

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“Eu estava retornando de uma festa, quando passei mal em cima da moto. Sofri o acidente e fiquei mais de 6 horas esperando um socorro na pista e quando esse socorro veio foi tão precário que acabei tendo uma lesão na coluna. Antes do acidente eu trabalhava em um Porto de Salvador na Tecon, e quando eu vim de férias aconteceu o acidente. Quando eu me acidentei eu passei três meses e 16 dias internado no HGE [Hospital Geral do Estado], em Salvador, que foi quando eu descobri que iria ficar paraplégico. Passei por uma cirurgia na coluna e saí de lá já usando uma cadeira de rodas,” relembrou.

Antônio Oliveira relatou como foi difícil se adaptar a nova condição.

“No começo foi muito difícil, eu fiquei um ano em cima da cama, até que eu conheci o Hospital Sarah, em Salvador. No ano de 2013 recebi o convite para atuar em uma Brigada,” relatou.

Depois daquele convite, a vida de Antônio Gildo começou a ganhar sentido. Em 2019 Gildo fundou a Brigada Voluntária Águia Resgate de Conceição do Coité.

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“Eu tô no ramo de socorrista voluntário desde 2013, mas o Águia Resgate surgiu em 2019. Esse projeto é totalmente voluntário e sobrevive de doações. Eu senti a necessidade de formar essa equipe para dar socorro às vítimas de acidentes, porque na época não existia Samu aqui em Conceição do Coité e o Corpo de Bombeiros mais próximo era em Feira de Santana. E eu me espelhava muito no Samu de Salvador eu ficava apaixonado quando via o Samu atuando e daí surgiu a necessidade. Eu vendi o meu carro e comprei uma ambulância. Hoje me sinto realizado, porque costumo dizer que o Águia Resgate é o meu antidepressivo, porque você sair de uma vida normal para a cadeira de rodas, é muito difícil,” ressaltou.

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O próximo desejo e sonho de Gildo é participar de um programa de televisão para contar sua história e conseguir recursos para ampliar o seu projeto.

“Hoje consigo fazer tudo só, sou bem independente. E o meu maior sonho é participar de um programa de televisão para contar a minha história de superação. Além de conseguir recursos para comprar equipamentos, ambulância. Quero mostrar para as pessoas que nós deficientes podemos ter uma vida normal e não precisamos ficar em casa o tempo todo, nós precisamos sair e mostrar que somos capazes. Esse é o meu sonho, já me inscrevi no programa do Rodrigo Faro e do Luciano Huck, mas até hoje não tive contato,” concluiu.

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Com informações da produtora do Acorda Cidade Maylla Nunes do Acorda Cidade

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Iasmim Santos
Iasmim Santos

Produtora do Programa de Rádio e Site Acorda Cidade

Prazer, Iasmim Santos! Sou jornalista, locutora, podcaster, copywriter, produtora de conteúdo web e yogini. Amo conhecer histórias e lugares.

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