Andréa Trindade
Feira de Santana
Associação de Praças da PM sugere construção de conjunto habitacional exclusivo para policiais
A ideia é evitar o convívio dos policiais militares nos locais onde eles combatem a criminalidade. Em Feira de Santana vários PMs foram assassinados nos mesmos bairros onde moravam.
A discussão sobre conjuntos habitacionais específicos para policiais militares de Feira de Santana viverem com a família, longe da periferia veio à tona nesta segunda-feira (21), após o anúncio da morte do policial militar Carlos José Silva Santos, 42 anos, que foi assassinado ontem (20) por um adolescente, de 17 anos, dentro de um bar.
Após atirar na cabeça do policial, o menor que tem oito passagens na Casa de Atendimento Socioeducativo (CASE) Juiz de Melo Matos, ainda levou a arma da vítima, que estava com o dono do estabelecimento.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Carlos José foi morto no mesmo bairro onde morava e o adolescente está foragido. Este é mais um dos vários casos registrados na cidade de policiais que moraram e foram mortos nas localidades onde combatiam a criminalidade.
Para o diretor jurídico da Associação de Praças da Polícia Militar da Bahia, Géter Sales Nascimento, está na hora do Governo do Estado tomar algumas providências referentes às circunstâncias em que os policiais são expostos.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“A situação é delicada. Peço que as autoridades possam intervir para dar moradias mais seguras aos policiais”, disse.
A sugestão do diretor jurídico é analisar a possibilidade de construir condomínios exclusivos para policiais viverem com a família.
“A maior parte dos policiais militares vivem na periferia da cidade, onde eles combatem a criminalidade e depois voltam para ficar com a família ou com os amigos e correm risco de morte”, informa.
“Eles moram ali por causa situação financeira deles. Eles não moram ali porque querem, mas sim porque não têm condições de comprar uma casa em um lugar mais digno”, continuou.
O policial citou o caso de um outro militar que foi assassinado no bairro Baraúnas, também no mesmo local onde residia.
“Josevaldo era um líder do bairro Baraúnas e havia pessoas que não gostavam dele, que de repente foi vítima do local onde ele morava. É um risco e faço um apelo ao comandante geral a respeito desta situação”, concluiu. (Com informações do repórter Ed Santos do porgrama Acorda Cidade).
Fotos: Ed Santos
Assuntos