O trabalhador autônomo Washington Luiz de Souza Xavier, de 55 anos, ainda tenta se recuperar do susto que levou na noite da última quarta-feira (23).
Por volta das 18h, ele pilotava sua motocicleta pela Rua Domingos Barbosa de Araújo, no bairro Kalilândia, em Feira de Santana, e ao curvar à esquerda para entrar na Rua Barão do Rio Branco, sentido Presidente Dutra, sentiu um fio de telefonia passar rasgando em seu pescoço.
Atordoado, Washington Luiz ainda conseguiu parar a moto, sentindo ânsia de vômito e um forte queimor na pele.
“Eu vinha nas imediações da Kalilândia e a rua estava um pouco escura, não dava para visualizar bem. Então, quando eu passei, não observei o fio caído. Ele já estava lá estirado no chão e pegou logo no meu pescoço. Foi muito rápido, só vi hora que o fio passou em mim. Eu estava conduzindo e só não foi pior porque eu estava em baixa velocidade”, relatou a vítima.
Além de passar pelo pescoço, o fio ainda pegou na camisa que ele estava vestido, rasgando-a.
“Para mim foi terrível. Felizmente não cair, e parei a moto. Não veio sangramento, mas arranhou bastante e deu aquele queimor. Fui socorrido. Consegui montar na moto, e a minha sobrinha foi quem me conduziu até a UPA [Unidade de Pronto Atendimento]. Lá eu fiquei algumas horas em observação, tomei duas injeções e outros medicamentos que foram passados para eu tomar, que minha família que me ajudou, já que não tive condições de comprar, pois fiquei sem trabalhar. Trabalho com entrega de leite e lavagem de carro. Não estou trabalhando, e vai levar alguns dias para eu me recuperar, porque meu pescoço não vira direito e ainda sinto”, contou.
De acordo com Washington Luiz, o que aconteceu a ele também ocorreu com outras pessoas, segundo relatos que ouviu e também presenciou.
“Teve um pessoal que me contou que também já sofreu esse tipo de acidente. E um rapaz que ia à minha frente também caiu e ele estava tirando foto lá do poste, e outras pessoas também caíram. É um alerta, porque isso não pode ficar assim, principalmente quem anda de moto, que precisa de toda a segurança. Quando acontece uma coisa dessa, tem que ser mandado imediatamente para retirar e recuperar o fio. Eu quero que tomem uma providência porque eu não vou ficar prejudicado, eu poderia ter morrido, e só dão jeito nas coisas quando uma pessoa morre”, desabafou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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