Feira de Santana

Médico e policial feirense participa do ‘Quem quer ser um milionário?’

A inscrição para o quadro aconteceu há dois anos, mas a história do médico só foi selecionada há dois meses.

Médico Gileno de Feira de Santana no quem quer ser um milonário no domingão com o huck
Foto: Reprodução/Tv Globo

No último domingo (27), o quadro ‘Quem quer ser um milionário?’, do Domingão com Huck, na Rede Globo, teve entre os participantes da bancada o médico feirense e capitão da Polícia Militar Gileno dos Santos Cerqueira Júnior, de 37 anos.

Gileno dos Santos não foi selecionado para responder às perguntas do jogo, algo que pode acontecer nos próximos episódios do programa. Ele compete com mais seis participantes, que precisam responder a uma pergunta que é lançada na tela e o mais rápido a dar a resposta é convocado para a rodada.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o participante contou sobre a emoção de ter sido selecionado para participar do programa e ficar frente a frente com Luciano Huck.

Foto: Arquivo Pessoal

Segundo ele, a inscrição para o quadro aconteceu há dois anos, mas a história do médico só foi selecionada há dois meses. A partir daí, Gileno precisou passar por um processo árduo de provas, entrevistas e até mesmo uma investigação da sua vida pela equipe do Domingão, para comprovarem tudo que foi relatado por ele em e-mail ao programa.

“Eu já tinha uma certa simpatia com o Luciano Huck, porque ele é uma pessoa que gosta de histórias, principalmente de superação. Então como tudo que consegui na minha vida foi difícil, tive que transpor várias barreiras, inclusive o racismo estrutural, então eu acredito que a minha história seria interessante para eu contar no programa. Não só para entusiasmar o apresentador, como também mostrar para outras pessoas negras, afrodescendentes, que é possível ser o autor da sua história, que você pode ter uma biografia bonita e interessante”, afirmou Gileno dos Santos ao Acorda Cidade.

Conforme o médico e capitão da PM, todo o processo seletivo incluía etapas com acompanhamento psicológico, avaliação da história, entrevistas, questionários e provas de conhecimentos gerais. O resultado com a aprovação saiu há 15 dias.

“A Globo tem uma estrutura fantástica. Eu sabia que era uma empresa organizada, mas eu não tinha dimensão do grau de organização deles. Primeiro que para selecionar a história foram dois anos, para checar a veracidade de tudo que eu falei no meu e-mail, se era compatível com a minha vida. Houve um processo de investigação para checar a veracidade de tudo que eu narrei em minha carta. Dois meses de avaliação e processo seletivo, inclusive com acompanhamento psicológico, pois eles se preocupam de como você vai reagir a toda aquela carga emocional no momento da gravação. Na verdade, é um ambiente totalmente novo, diferente do que uma pessoa normal está acostumada, são muitas câmeras, luzes, plateia, a pressão por estar em frente ao Luciano Huck, que é uma figura pública, bem carismática, e bem vista por todos. Então, a Globo se preocupou com tudo”, relatou.

A partir daí, toda a viagem e os custos da hospedagem foram pagos pela emissora, tanto dele como da esposa, que o acompanhou no programa.

“Eles também se preocuparam com o deslocamento, desde a minha casa até a chegada ao Projac, foi tudo custeado pela produção. Quem me acompanhou foi a minha esposa, que caso necessitasse de alguém para falar sobre minha história com o Luciano Huck, seria ela. E também temos as ajudas, que o programa dá essa oportunidade de você escolher três pessoas, em caso de você sentar ao púlpito para responder às perguntas e caso tenha uma pergunta difícil, uma das alternativas é você solicitar ajuda. Eu deixei a minha irmã, que sabe da minha história, em segundo lugar deixei Muniz, que é capitão da polícia e já tenho amizade de longas datas, além de Dorival que é um amigo e médico.”

O participante contou que ao se deparar com o palco e o apresentador Luciano Huck chorou de emoção, por ter sonhado com essa oportunidade.

“Minutos antes de entrar no palco, cheguei a chorar, porque era algo que eu queria muito. É como se eu não tivesse acreditando que em horário nobre um homem negro, periférico, do bairro Tomba, poderia estar ali em uma emissora forte com representatividade muito grande na América Latina. Ainda não sei quando vou sentar no púlpito. Vai depender de mim mesmo, vou ter que ser rápido, e conto com todos que estão torcendo por mim.”

Foto: Arquivo Pessoal

As perguntas que são feitas durante o ‘Quem quer ser um milionário?’ exigem um preparo muito grande de conhecimentos gerais, mas também experiências de vida.

“Eles falam que são conhecimentos gerais, tanto do que você estudou no ensino médio, coisas que você absorveu durante a sua criação, viagens e coisas que você adquiriu na faculdade, um bate-papo num boteco, desde um programa hilário na televisão até um programa educativo”, destacou.

O médico não pôde adiantar como serão os próximos programas. Ele apenas confirmou que estará neles e nesta semana retorna ao Rio de Janeiro para as próximas gravações.

“Eu tenho um contrato com a Globo e não posso dar muito spoiler sobre o programa. O que posso dizer é que alguns quadros do Domingão e de qualquer programa da Globo é gravado. Então tem a parte ao vivo e a parte que é gravada, para dar uma ideia de continuidade, mas não posso dar detalhes. Eu devo estar retornando ao Rio no domingo, e vou fazer a gravação do programa que será exibido do domingo que passou a 15 dias.”

Caso seja convocado para responder as perguntas e alcance o sonho de todo jogador, que é ganhar o prêmio de R$ 1 milhão, o médico destacou que vai investir em sua especialização.

“Eu hoje sou médico e capitão da Polícia, mas venho de origem humilde. Nasci e me criei no Tomba, meu pai era vigilante, minha mãe chegou a lavar roupas para nos sustentar. E eu comecei a trabalhar aos 9 anos de idade. Me formei médico, mas o profissional precisa estar em constante atualização, e uma delas é a especialização, que é a residência médica. Cheguei a para a residência médica em ortopedia, logo quando me formei, mas não pude cursar, porque eu precisava de um aporte financeiro. Tendo em vista que minha família não tem condições de me ajudar neste sentido, então eu resolvi trabalhar e estou juntando uma ‘grana’, mas ainda não é o suficiente para que eu possa me afastar dos plantões e da polícia, para me dedicar à residência, que é tempo integral, requer muito estudo, muitas horas nos hospitais, então eu pretendo ganhar esse milhão, para poder me ajudar nessa residência e me tornar um profissional ainda melhor”, revelou.

Participante de Riachão
Outra participante baiana no quadro do Domingão com Huck foi a corretora de imóveis Marilândia Figueiredo, de 58 anos, natural da cidade de Riachão do Jacuípe. A baiana reside atualmente em Salvador e levou o prêmio de R$ 30 mil.

quem quer ser um milionário no domingão com o huck
Foto: Reprodução/Tv Globo

Durante a participação no programa, Marilândia precisou a recorrer a uma das ajudas e contou com o apoio da irmã, a professora da rede municipal Nelcilância Figueiredo, que reside em Feira de Santana e já conhecia Luciano Huck. É que o apresentador já esteve na cidade em 2015 para fazer uma reportagem com ela sobre o projeto 15 Primaveras, que realiza festa de debutante para adolescentes da escola (relembre aqui).

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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