Feira de Santana

Trabalhadores demitidos da R. Carvalho fazem nova manifestação

Inicialmente a manifestação foi realizada em frente ao Fórum Filinto Bastos, depois os trabalhadores seguiram em passeata para a Justiça do Trabalho e por fim irão até o escritório da Construtora R. Carvalho.

Daniela Cardoso

Trabalhadores demitidos pela Construtora R. Carvalho em Feira de Santana, fizeram mais uma manifestação na manhã desta quarta-feira (26) para cobrar a rescisão trabalhista que ainda não foi paga. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Aldemir Santos Almeida, informou que a R. Carvalho chamou os trabalhadores no dia 14 de setembro para formular um acordo e que até o momento não foi cumprido.

“Ficou acordado que pagariam dentro de 30 dias a metade das rescisões contratuais dos trabalhadores. Esse prazo foi pedido para que a Caixa Econômica fizesse um levantamento dos bens da empresa para que esses valores fossem liberados, que eles não nós deram nenhuma resposta e ao invés disso entraram na justiça comum pedindo recuperação judicial”, relatou.

De acordo com Aldemir Santos, caso o juiz conceda esse pedido, automaticamente, a Justiça do Trabalho terá que suspender o processo e cancelar por mais 180 dias. “Aí a gente volta para a estaca zero”, disse.

Segundo Aldemir, participaram dessa audiência, o Sindicato da Construção Civil de Feira de Santana, a Justiça do Trabalho, a Federação dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado da Bahia, o Sindicato da Construção Civil de Barreiras e o juiz Gilber Santos Lima.

Inicialmente a manifestação foi realizada em frente ao Fórum Filinto Bastos, depois os trabalhadores seguiram em passeata para a Justiça do Trabalho na avenida João Durval e por fim irão até o escritório da Construtora R. Carvalho.

Trabalhadores

Muitos trabalhadores continuam desempregadosmais de 3 meses, após a demissão da R. Carvalho. Um dos operários, que participou da manifestação, reclamou da espera e da falta de informação. “Até agora não resolvemos nada, fui ao escritório para saber e eles falaram que está na justiça, estou sobrevivendo de bicos”, afirmou.

Outro operário também diz que ainda não conseguiu encontrar outro emprego e relata as dificuldades. “Estou levando a vida como Deus quer, um dia faço um biscate aqui, outro dia faço outro ali. Não está dando nem para fazer a feira, a gente vai dando um jeito”, conta. As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
 

Fotos: Paulo José/Acorda Cidade