Novembro Negro

Novembro Negro ressalta papel antirracista da Universidade

A programação do Novembro Negro é realizada pela Pró-reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis

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Programação Novembro Negro na Uefs
Foto: Edvan Barbosa Ascom Uefs

A programação do Novembro Negro na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) foi iniciada oficialmente na manhã da segunda-feira (7), com a solenidade de abertura que ocorreu no Auditório 3 do Módulo 4. A 4ª Edição do Novembro Negro tem como tema ‘Dia da consciência negra: mais de meio século de lutas!’, e acontece durante todo o mês.

De acordo com o reitor da Uefs, professor Evandro do Nascimento, o evento é uma oportunidade para fazer uma reflexão profunda sobre as questões do racismo que incidem sobre a população negra. “A luta contra o racismo na nossa sociedade e também na universidade deve ser um papel assumido de forma constante por todos nós. A universidade pode ser vista como espelho, como farol, por isso nós temos o papel de combater o racismo de todas as formas. Essa reflexão precisa estar presente na universidade e em todos nós durante todo o ano, durante todos os anos”, ressaltou.

Programação Novembro Negro na Uefs
Foto: Edvan Barbosa Ascom Uefs

A programação do Novembro Negro é realizada pela Pró-reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (Propaae) da Uefs, em parceria com grupos e pessoas que realizam lutas em prol de uma sociedade antirracista, conforme explicou a professora Sandra Nívia Soares, pró-reitora da Propaae.

Durante a solenidade de abertura a pró-reitora destacou ainda que “é preciso que práticas sejam construídas cotidianamente. Que estejamos atentos e fortes para a construção de mais do que uma universidade antirracista, de uma sociedade antirracista. Apenas dessa forma teremos sensibilidade para compreender as estratégias de reparação construídas por negros e negras que, por vezes, causam uma reviravolta no conjunto da sociedade, porque é assim que tem que ser. Afinal, se não for assim, não estamos caminhando para uma revolução que é o que pretendemos”, afirmou a professora Sandra Nívia Soares.

A palestra de abertura, proferida pelo professor mestre Marco Antônio Cardoso, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), trouxe reflexões acerca da ancestralidade das lutas e da importância disso para a resistência e papel social do movimento negro.

“Falar de consciência negra é, sobretudo, falar de memória. Combater política e culturalmente o racismo no Brasil, lutar contra discriminação racial na sociedade brasileira, nada disso é possível ser feito sem a referência fundamental que é o continente africano. Pensar a nossa existência na sociedade brasileira é falar de território, e o nosso corpo é território, é memória. A partir desse corpo é que se inicia o processo de existência, seja pela forma da ancestralidade ou da resistência. Parece que esse processo de resistência começa com o movimento negro dos anos 70, mas não é. Esse processo é muito mais anterior, daí a minha saudação à ancestralidade”, pontuou o palestrante.

A mesa de abertura contou a mediação da professora Andreia Beatriz Santos, docente do Colegiado de Medicina e líder do movimento comunitário “Reaja ou será morto/morta”, que promove discussões e ações em defesa da população negra do Brasil. Também participaram do evento de abertura, os artistas Hugo Damasceno, Denise Fersan e Luma Eduarda Cerqueira.

A programação completa do Novembro Negro da Uefs pode ser conferida AQUI.

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