Daniela Cardoso
A ouvinte Maria Aparecida Santos do bairro Jardim Cruzeiro, ligou para o Programa Acorda Cidade, na rádio Sociedade de Feira de Santana, na manhã de sexta-feira (21), para reclamar sobre a falta da fita para a realização do exame que mede o nível de glicemia. De acordo com ela a Secretaria Municipal de Saúde havia solicitado que os pacientes comprassem o aparelho para a medição da glicemia de uma marca, mas atualmente só disponibiliza fitas de uma marca diferente.
“Eu pedi para meu filho comprar essa máquina da marca que a secretaria havia solicitado. Esse mês eu fui no posto para vê se as fitas já tinham chegado e a moça falou que esse aparelho já não serve. Eu não tenho condições de trocar de aparelho. Várias pessoas estão tendo esse problema. E agora o que eu vou fazer sem a fita?”, questionou a ouvinte.
A diretora de Gestão da Rede Própria da Secretaria Municipal de Saúde, Gilbert Lucas, explicou ao Acorda Cidade, que não faltam fitas na Secretária, o que aconteceu, de acordo com ela, é que os aparelhos que são oferecidos a rede pública de saúde são licitados e o município não pode escolher a marca específica do aparelho.
“A licitação pública, principalmente quando se fala em medicamentos, é feita através de pregão eletrônico. A gente coloca a necessidade do município, e quem ganha a licitação vai fornecer os aparelhos compatíveis com essa fita, então o município não compra a fita e o aparelho separados, é um processo só”, explicou a diretora.
Segundo ela, o que ocorreu é que em Feira de Santana a rede pública de saúde trabalha com dois tipos de aparelhos. Um que foi fornecido pelo Estado, que somam 83 unidades e que foram fornecidos para os PFSs, com as fitas compatíveis, que também são fornecidas pelo Estado e o outro que foram fornecidos para policlínicas e outras unidades específicas.
De acordo com Gilbert a última licitação realizada no município ficou definido que seria trabalhado com o aparelho da marca Johnson& Johnson . “É importante que a população entenda que o município não comprou o aparelho anterior, de outra marca. O município compra a fita e as empresas que ganha a licitação fornece o aparelho compatível com essas fitas. Estamos fazendo uma nova licitação, mas não podemos direcionar a marca e o laboratório do aparelho”, informou.
Gilbert Lucas disse que a ouvinte Maria Aparecida deve enviar um relatório para solicitar um novo aparelho, que será encaminhado para a Secretaria de Saúde, onde será feita uma análise. “Poderemos fornecer um aparelho que funciona na rede e para que isso ocorra a gente precisa fazer um relatório social para comprovar que a pessoa não tem recursos para comprar esse aparelho, porque não existe uma lei federal que obriga a compra desse aparelho para doação em residência”. As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.