Ney Silva
A falta de estrutura do Poder Judiciário está causando sérias dificuldades a classe de advogados em Feira de Santana. A morosidade no andamento de processos, a desatenção e o desrespeito com as prerrogativas desses profissionais, além da falta de juízes tem agravado a situação. A reclamação é da atuante advogada Ednalva Ramos.
Ela observa que os advogados recebem pelo que efetivamente fazem. Se as audiências não acontecem e os processos são lentos, acabam tendo prejuízos. “Esse fato vem gerando um desconforto muito grande para nós e para nossos clientes", afirma Ednalva.
Para Edvalva, a subsecional OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Feira de Santana precisa ter mais firmeza na elucidação dos problemas que prejudicam a categoria. “Eu ainda não vi um trabalho que venha realmente solucionar essa crise e as dificuldades da Justiça", disse.
Ela afirmou que enquanto houver demanda crescente de processos com poucos servidores e juízes a situação vai perdurar.
"É necessário que o Tribunal de Justiça mande urgentemente servidores para os cartórios e envie juízes para preencher as varas que estão sem titulares", afirma.
A reclamação de Ednalva é muito pertinente. Mas é bom lembrar que não só os advogados enfrentam dificuldades. O Poder Judiciário há muitos anos deixou de ser referência até mesmo para produção de notícias em Feira de Santana.
Os profissionais de imprensa quase não visitam mais o fórum Felinto Bastos. Até nas varas criminais onde a maioria dos processos não tem segredo de justiça as informações não são repassadas. Na verdade, as portas da Justiça estão fechadas para a comunidade. Hoje é um poder quase inacessível. A quem interessa essa situação?