Saúde

Câncer de intestino pode ser prevenido através da mudança de hábitos de vida

Pólipos precursores do tumor podem ser identificados e removidos através do exame de colonoscopia.

Câncer de intestino pode ser prevenido através da mudança de hábitos de vida Câncer de intestino pode ser prevenido através da mudança de hábitos de vida Câncer de intestino pode ser prevenido através da mudança de hábitos de vida Câncer de intestino pode ser prevenido através da mudança de hábitos de vida
Foto: Freepik
Foto: Freepik

O tumor maligno de intestino é o terceiro tipo mais frequente de câncer e a segunda causa de morte por câncer no mundo, excluindo os tumores de pele não-melanoma. No Brasil, é o segundo mais frequente tanto em homens quanto em mulheres, atrás apenas do câncer de mama e do câncer de próstata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados cerca de 20.500 novos casos por ano entre os anos de 2020 e 2022. A incidência é maior nas mulheres por motivos não definidos.

Embora seja mais comum em pacientes acima dos 60 anos, a incidência em pacientes mais jovens tem aumentado ao longo dos anos. Por isso, a Sociedade Americana de Câncer propôs em 2018 reduzir a idade do início de exames anuais de rastreamento dos 50 para os 45 anos de idade.

Em indivíduos que tenham na família casos de câncer de intestino grosso, a colonoscopia pode ser necessária mais cedo. O momento certo de realizar o exame deve ser orientado pelo médico, considerando fatores como a idade e o número de parentes que tiveram a doença.

De acordo com a coloproctologista e cirurgiã colorretal Aline Mano, além da idade avançada, também são fatores de risco a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo e a dieta rica em carnes vermelhas, embutidos e processados.

A prevenção inclui a modificação do estilo de vida, incluindo alimentação mais natural e boa hidratação, prática regular de atividade física e fim do tabagismo, e a realização de exames de rastreamento, como a colonoscopia.

“Este exame endoscópico visualiza todo o intestino grosso por dentro à procura de pólipos, lesões benignas precursoras da doença. Caso sejam encontrados, através da própria colonoscopia eles são removidos e impedidos de evoluírem para o câncer de intestino”, explicou a médica integrante do Robótica Bahia – Assistência Multidisciplinar em Cirurgia.

Os sintomas mais frequentes do câncer de intestino são: sangramento nas fezes; alteração do ritmo do funcionamento intestinal, que pode variar de prisão de ventre à diarreia; perda de peso; anemia e dor abdominal.

“É muito importante ressaltar que este tipo de tumor pode não apresentar nenhum sintoma quando está em estágio inicial, quando as chances de cura são maiores. Por isso, é importante fazer os exames de prevenção independente da presença de sintomas”, explicou a especialista. Apesar de existirem outras modalidades de exame (pesquisa de sangue oculto nas fezes, retossigmoidoscopia, etc), a colonoscopia é amplamente reconhecida como o método mais eficaz de rastreamento.

O tratamento quase sempre é cirúrgico e pode ou não demandar terapias adicionais como a rádio e/ou a quimioterapia. Geralmente, as cirurgias, que podem ser abertas, videolaparoscópicas ou robóticas, não deixam sequelas e após o período de recuperação pós-operatório, o paciente volta à sua vida normal.

“Tudo depende da extensão e da localização do tumor. Doenças pré-existentes e a idade do paciente também influenciam no prognóstico. Casos mais graves da doença podem demandar a utilização de uma bolsa de colostomia para eliminação de fezes”, concluiu Aline Mano.

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram