Daniela Cardoso
Uma audiência pública foi realizada na tarde desta quinta-feira (15) no Parque do Saber em Feira de Santana para discutir a acessibilidade na cidade para pessoas com deficiência. O objetivo do evento, segundo Carlos Lacerda do núcleo de Educação Física e Esporte da Uefs (Universidade Federal de Feira de Santana), é ouvir as reclamações das pessoas com deficiência e também de seus familiares.
De acordo com ele, as pessoas enfrentam graves problemas de falta de acessibilidade em Feira de Santana. “As calçadas são esburacadas e mal conservadas, faltam rampas de acesso. Alguns prédios públicos não são adaptados para receber essas pessoas e vale salientar que existe uma lei que assegura isso”.
Lacerda disse que os gestores públicos precisam se conscientizar da necessidade que as pessoas com deficiência têm, de ter uma vida igualitária na sociedade. “Na medida em que não é dada a devida atenção a essas pessoas, elas se tornam marginalizadas e nós não queremos piedade e sim que se cumpra o que determina a legislação brasileira. Isso é possível desde que aja vontade política”.
O Superintendente dos Direitos a Pessoa com Deficiência no Estado da Bahia, Alexandre Boni, ressaltou os direitos das pessoas com deficiência, e disse que elas devem lutar por eles. “As reclamações podem ser feitas no Ministério Público, na superintendência dos direitos da pessoa com deficiência, que fica na Secretaria da Justiça, e também nos municípios", informou.
Ele explicou que a falta de informação gera a descriminação. “Temos sempre trabalhado na sensibilização das pessoas e da sociedade. Temos que trabalhar muito a informação, porque só através dela que o preconceito vai acabar”.
Giesi Nascimento Filho, que é engenheiro civil e arquiteto, afirmou que na Bahia a acessibilidade ainda é muito carente. Ele ressaltou os problemas de Feira de Santana. “Existem problemas nas calçadas, problemas com a ocupação desordenada do comércio ambulante, desnível nas calçadas”.
De acordo com engenheiro, O CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) participa do processo de fiscalizar os profissionais da engenharia e da arquitetura para que eles adéquem seus projetos e pensam na acessibilidade em suas obras. Ele disse ainda, que é necessária uma maior fiscalização pelos órgãos responsáveis para garantir os direitos das pessoas com deficiência. As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.