Muito Frio

Após frio intenso na madrugada de hoje, estação climatológica da Uefs prevê aumento das temperaturas

Há cerca de 15 dias, o clima também foi frio nas primeiras horas do dia, com temperaturas em torno de 15 graus.

Após frio intenso na madrugada de hoje, estação climatológica da Uefs prevê aumento das temperaturas Após frio intenso na madrugada de hoje, estação climatológica da Uefs prevê aumento das temperaturas Após frio intenso na madrugada de hoje, estação climatológica da Uefs prevê aumento das temperaturas Após frio intenso na madrugada de hoje, estação climatológica da Uefs prevê aumento das temperaturas
Foto: Acorda Cidade
Foto: Acorda Cidade

A madrugada desta quarta-feira (31) registrou baixas temperaturas, em torno de 16 graus, em Feira de Santana, e pode ser considerada como uma das mais frias deste ano.

Há cerca de 15 dias, o clima também foi frio nas primeiras horas do dia, com temperaturas em torno de 15 graus. A informação é da coordenadora da Estação Climatológica da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Rosângela Leal.

Em entrevista ao Acorda Cidade, ela pontuou que atualmente a estação, que tem enfrentado grandes dificuldades para se manter funcionando, conta com um equipamento capaz de realizar a previsão do tempo e coletar alguns dados, porém não é tão preciso quanto o que havia na estação anteriormente.

Entretanto, segundo os registros que puderam ser feitos, o inverno em Feira de Santana chegou no tempo correto e com bastante chuva. Por outro lado, o frio demorou a chegar, e agora pode ser sentido com mais intensidade devido às frentes frias que atingem a região.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Essas frentes estão chegando, e isso é normal no período de inverno, que está frio. Mas os outros também foram bastante frios, e isso é uma constante, estar chovendo muito, apesar de que esse ano o frio chegou tardiamente. O inverno para nós é um período de chuva e ele chegou no período certo, mas o frio chegou tardiamente, a exemplo do São João que não foi frio, e chegou praticamente agora em julho. Agosto também está bastante frio”, afirmou a profissional especializada no tempo.

Segundo Leal, a previsão é que nos próximos dias a temperatura já comece a aumentar, e ela espera que esta noite, que foi tão gelada, tenha sido o último suspiro deste inverno.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“A nossa previsão é que já comece a esquentar com a chegada da primavera, agora em setembro, e também com a diminuição das chuvas. É mais ou menos assim que se comporta o clima da nossa região: temos uma primavera muito seca e é quando menos chove. As temperaturas eu acredito que elas vão começar a aumentar a partir de agora e nossa esperança é que este tenha sido o último suspiro do inverno. A chuva pode continuar, mas o frio vai começar a arrefecer a partir de agora. O grande problema desse frio é também a ventania, estamos com muito vento aqui e com a umidade, aumenta a intensidade do frio, como também o vento, que está aumentando a sensação de baixas temperaturas, principalmente à noite”, explicou.

Ela informou que o município tem atingido as temperaturas mínimas durante a madrugada, em torno de 2 ou 3 horas da manhã. Às 4h da manhã seria realmente o horário mais frio. Com a chegada das frentes, há um pequeno aumento de temperatura, e depois uma grande queda, com muita chuva de manhã.

Começando do zero

A coordenadora da Estação Climatológica pontuou que o órgão, que funciona através de uma parceria da Uefs com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vem enfrentando grandes dificuldades para conseguir se manter e com a pandemia e a paralisação das atividades econômicas, o trabalho ficou ainda mais prejudicado.

“Nesse período pós-pandêmico resolvemos organizar a estação. A universidade está colocando todo o empenho na melhoria e na reforma. Os funcionários, nesse período, se aposentaram e estamos com dificuldade de contratar novas pessoas, porque não tem concurso público e também Reda [Regime Especial de Direito Administrativo], e tem que ser uma pessoa bem específica da área. Estamos tentando fazer remobilização de pessoas e estagiários para que voltem à estação, então estamos com um grande problema de recursos humanos e de equipamentos”, esclareceu Rosângela Leal.

Ela mostrou que está empenhada em fazer relatórios e montou também um grupo de trabalho com professores do Departamento de Tecnologia e de outras áreas interessados nessa área, para que juntos consigam reorganizar a estação.

“Estamos fazendo um esforço de arrumar tudo, um relatório de danos para a reposição dos equipamentos, sem contar que já está no período de renovação do convênio que a gente tem com Instituto Nacional de Meteorologia, e aí estamos vendo os prejuízos, os danos físicos que aconteceram, não só de equipamentos, mas abrigos de equipamentos que foram danificados, afinal foram dois anos sem manutenção e sem uso. Qualquer material ou imóvel que você deixa de utilizar, ele cai em depreciação”, informou.

Ela destacou que é necessário arrumar toda a parte elétrica, de marcenaria, vidraria com substituição de equipamentos. Mas todo esse investimento depende da liberação de verbas do governo federal.

“Vamos pedir ao Inmet, porque essa não é nossa responsabilidade. A estação é do Inmet em parceria com a Uefs, e quem arruma e substitui os equipamentos é o Inmet, que como órgão federal está passando também por sérias dificuldades e está sem condições de repor esses equipamentos. Estamos vendo se nessa renovação de parceria, conseguiremos fazer esse ajuste para voltar a trabalhar. Estamos fazendo todo o esforço e estamos com uma previsão que daqui a dois ou três meses, até o final do ano, ela volte a funcionar, e isso é um grande prejuízo, porque já íamos fazer 30 anos de coleta, e com a interrupção da coleta desses dados, nós praticamente perdemos todo esse período e vamos ter que recomeçar tudo novamente”, lamentou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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