Aldo Matos
Se entregou e está preso no Complexo Policial de Investigador Bandeira, em Feira de Santana, Márcio Lopes Dantas, de 31 anos, conhecido como “Boró” ou “Mamau”. Ele é um dos quatro homens acusados de envolvimento no assassinato do tesoureiro do PT de São Gonçalo dos Campos, Márcio Machado da Silva, conhecido como “Nengo do bar”, ocorrido no dia 30 de julho deste ano, após um assalto.
Segundo o delegado Fábio Daniel Lordello, Márcio Lopes e outros dois envolvidos no crime fugiram da polícia depois de uma troca de tiros na zona rural de São Gonçalo dos Campos, na madrugada de quinta-feira (18). O acusado negou envolvimento no crime e chegou ao Complexo Policial acompanhado pelo advogado e por familiares.
Ele resolveu se entregar após a divulgação da foto dele e de outros suspeitos que conseguiram fugir. O chefe da Guarda Municipal de São Gonçalo, Jorge Ney Araújo, que segundo a polícia, escondeu uma das armas usadas no crime, e o tratorista André Luis da Conceição Gomes estão presos desta a última quinta-feira.
Anderson dos Santos Ribeiro, o “Lee” e Reinaldo de Oliveira Souza, continuam foragidos.
O crime
Fotos: Planeta 1410
Quatro homens armados invadiram, a residência do comerciante e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), também conhecido como “Nengo do Bar”, no bairro da Cruz, em São Gonçalo dos Campos, por volta das 20h da noite do dia 30 de julho deste ano.
De acordo com familiares, os bandidos puseram a esposa do comerciante, Elizângela Cardoso, no porta malas do próprio veículo, um Corsa Classic, de placa NYJ-0508 e “Nengo” foi obrigado a entrar em outro carro. Ao chegarem a entrada da Ilha de São Gonçalo, nas proximidades da fazenda Paixão, os bandidos retiraram o comerciante do carro e o assassinaram com cinco tiros, todos na cabeça.Antes disso, eles estupraram a esposa da vítima. Depois do assassinato, os criminosos libertaram a mulher na entrada da localidade de Mercês, incendiaram o Corsa e a deixou completamente sem roupas.
De acordo com o delegado Jean Souza, titular da delegacia de São Gonçalo dos Campos, a polícia trabalhou inicialmente com várias hipóteses, inclusive as de crime político, passional e de natureza patrimonial, mas após o depoimento de Elizângela Cardoso, esposa da vítima, seguiu uma linha única de investigação.