Lula tolera, com Dilma o 'sistema é bruto', disse Wagner

O governador Jaques Wagner (PT) minimizou a crise política do governo da presidente Dilma Rousseff, consequência das limpas nos ministérios dos Transportes e da Agricultura após escândalos de corrupção nas pastas. Indagado sobre a condução de Dilma na crise, Wagner salientou ser a petista “absolutamente intolerante com qualquer coisa mal feita com dinheiro público” e fez um retrospecto da queda dos três ministros colocados em suspeição. O primeiro, Antônio Palocci (Fazenda), “caiu porque tinha empresa de consultoria com faturamento acima do normal”; o segundo, Alfredo Nascimento (Transportes), teria saído porque a presidente, após “checar” as denúncias, “deve ter constatado que coisas erradas aconteceram”. Por fim, as denúncias de atuação de lobistas dentro do ministério da Agricultura, “algumas delas que já se comprovaram”, teve como conseqüência a queda do ministro Wagner Rossi. Após enaltecer o combate à corrupção, Wagner fez um paralelo entre a atuação de Dilma e o retrospecto do ex-presidente Lula. “Eu acho que o estilo dela é diferente do Lula. O Lula é um grande comunicador, um comunicador de massa, um grande ‘palanqueiro’. A Dilma tem uma formação diferenciada. Ela vem muito mais da gestão (…). E agora está provando o que já sabia: é boa de condução, é dura. O sistema dela pode ser que seja um pouco mais bruto do que o sistema do presidente Lula, que até por ter uma construção mais da política, talvez seja mais tolerante com as coisas que… ele pondera mais”, afirmou. Com informações do Bahia Notícias.