Preocupada com a situação dos agricultores que perderam mais de 80% da safra do feijão e milho, a Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria Municipal de Agricultura e Recursos Hídricos (Seagri), vai decretar situação de emergência na próxima semana para buscar parcerias com o Governo Federal.
Na última cultura do feijão houve uma estiagem de 15 a 20 dias, justamente no período da floração e frutificação. Em razão disso, mais de 11 mil pequenos agricultores foram prejudicados, sendo que 1.640 deles aderiram ao Seguro Garantia Safra e 9.360 perderam a safra por completo.
Para definir as necessidades das famílias e as providências a serem tomadas, o secretário municipal de Agricultura e Recursos Hídricos, Ozeny Moraes, reuniu-se com o secretário municipal de Prevenção à Violência e Promoção dos Direitos Humanos, Mizael Freitas de Santana, além do coordenador municipal de Defesa Civil, Jorge Antônio Prudente, na manhã desta sexta-feira (5), no Paço Municipal Maria Quitéria.
Segundo Ozeny Moraes, as primeiras medidas a serem tomadas para apoiar as famílias são contratação de carro-pipa, doação de cesta básica e a possibilidade de abrir frentes de trabalho. “Mais de 600 cisternas precisam de abastecimento com água para consumo porque as chuvas de trovoada foram insuficientes”, afirma.
Devem ser beneficiados, conforme o secretário, agricultores que recebem menos de um salário mínimo e não são aposentados, aqueles que não são cadastrados no Número de Inscrição Social (NIS) e possuem até duas tarefas e meia de terra, além das famílias contempladas com aração de terras e distribuição de sementes.
O secretário de Prevenção à Violência, Mizael Freitas, ressalta que os prejuízos influenciam diretamente na subsistência. “A falta de recursos gera conflitos sociais e atos de violência. A atenção do Município e Governo Federal visa a regularização da situação de emergência, pois a situação é gravíssima”, declara.
Já o coordenador de Defesa Civil observa que o apoio às famílias é uma maneira de evitar a violência no campo. “Existem programas de apoio e vamos contar com o Governo Federal para que os agricultores sejam atendidos”, afirma. As informações são da Secom.