Aulão gratuito
Sobram vagas de emprego no Brasil por falta de candidatos fluentes em inglês
Aulão gratuito vai ajudar quem quer se comunicar na língua inglesa.
16/07/2022 às 19h30, Por Acorda Cidade
Agência Educa Mais Brasil – Um profissional fluente na língua inglesa pode ter um salário até 61% maior do que aqueles que não possuem essa qualificação, segundo levantamento feito pelo site de recolocação profissional Catho. Além do quesito financeiro, o domínio no idioma abre portas para trabalhar em empresas multinacionais e traz maiores chances de manter-se empregado.
Apesar do país ter 11 milhões de desempregados segundo dados mais recentes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), existem vagas de trabalho não ocupadas por falta de candidatos com conhecimento na língua inglesa. Apenas 1% da população brasileira fala inglês fluentemente, segundo dados da pesquisa recente do British Council. Por isso, o aulão é uma oportunidade para quem busca proficiência no idioma.
A Senior HR Business Partner Carla Barros tem mais de 20 anos de experiência na área de Recursos Humanos e celebra as oportunidades adquiridas a partir da fluência em inglês. Com passagens por empresas de origem americana, inglesa e alemã, hoje ela trabalha em uma multinacional holandesa e garante que dominar outro idioma foi fundamental para as vagas que conquistou.
“O inglês abre portas a médio e longo prazo. Se você trabalha em empresas multinacionais terá muito mais oportunidades. Os profissionais que falam inglês conseguem se aproximar dos colegas de suas respectivas áreas globalmente e, ainda, se tornam pontos focais para temas importantes. Talvez no início da carreira seja muito difícil visualizar tudo isso, mas estudar inglês desde cedo é um grande investimento que trará frutos inimagináveis no futuro”, reconhece a profissional.
Acostumada a recrutar, Carla afirma que o candidato que possui conhecimento em inglês tem – inegavelmente – maiores chances de conseguir uma vaga. “Sim, é verdade. O profissional que domina o idioma inglês poderá participar de reuniões, treinamentos, eventos e calls com pessoas de outros países. A partir de um certo nível profissional é muito difícil dar o próximo passo se não dominar o inglês. Por isso as organizações já buscam no mercado candidatos com o domínio e fluência no idioma”, destaca.
Mas de nada adianta informar no currículo um nível de conhecimento além do que realmente possui. Os profissionais de Recursos Humanos são preparados para identificar o candidato que tenta simular fluência com intuito de conquistar a vaga. “Normalmente, durante a entrevista o profissional de RH já faz algumas perguntas com o candidato em inglês para verificar a fluência verbal. Muitas vezes, também são aplicados testes on-line ou através de empresas especializadas que avaliam o candidato. Caso fique verificado que o nível de inglês do candidato é incompatível com o que foi informado no currículo, ele provavelmente será eliminado e não seguirá no processo”, avalia Carla.
Aulão gratuito estimula fluência no inglês para o mercado de trabalho
Um aulão gratuito e aberto ao público acontece na próxima terça-feira (19), às 19h30, via Zoom. O encontro, conduzido pelo professor Alessandro Vasconcelos, vai abordar a importância do inglês no mercado de trabalho. A iniciativa é fruto da parceria entre a escola de idiomas CNA Go e o Educa Mais Brasil. Os inscritos terão certificado de participação e para se inscrever basta preencher o formulário eletrônico.
“O objetivo é trazer uma série de perguntas e respostas mais corriqueiras nas entrevistas de emprego e mostrar o diferencial de pronúncia. Tentar trazer uma experiência real e dar ao participante a oportunidade de simular uma entrevista em inglês. Quem participar vai se aventurar a falar e ouvir a pronúncia correta das frases. A meta é fazer com que percebam a diferença entre a pronúncia aprendida nas aulas de inglês com uma situação real”, explica Alessandro.
O professor ressalta que no mercado de trabalho, além de planejar o sucesso com base no conhecimento acadêmico, é importante planejar e avançar no conhecimento linguístico. “É preciso que os jovens entendam que, além da faculdade, é preciso ter uma dedicação real com o aprendizado de outro idioma. O processo cerebral que ocorre no momento de assistir uma série ou ouvir música para entender inglês como entretenimento é diferente do processo de ouvir e assistir para aprender a falar. E hoje o mercado de trabalho exige que o jovem amadureça mais rápido, é mais dinâmico do que um tempo atrás”, enfatiza.
Com mais de 15 anos em sala de aula, o professor enxerga que a dificuldade em se expressar em inglês, mesmo conhecendo as palavras, é situação comum entre os alunos. “É bastante recorrente a pessoa conseguir entender um pouco de inglês, principalmente quem trabalha em áreas técnicas porque já está acostumado com termos no idioma, mas a dificuldade, muitas vezes, não está em ler ou ouvir inglês, mas em falar porque a grafia nem sempre é igual à pronúncia. Então há, muitas vezes, dificuldade em se expressar”, pontua.
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