Feira de Santana

Moradores de Maria Quitéria pedem apoio na Câmara para realização do São João nos distritos

O representante da comissão sugeriu também que a prefeitura não precisa fazer uma festa cara, mas que mantenha a tradição.

Moradores de Maria Quitéria pedem apoio na Câmara para realização do São João nos distritos Moradores de Maria Quitéria pedem apoio na Câmara para realização do São João nos distritos Moradores de Maria Quitéria pedem apoio na Câmara para realização do São João nos distritos Moradores de Maria Quitéria pedem apoio na Câmara para realização do São João nos distritos
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Uma comissão formada por moradores do distrito de Maria Quitéria (São José) se reuniu hoje (19) na Câmara Municipal de Vereadores para acompanhar a sessão e reivindicar o apoio dos vereadores para a realização dos festejos juninos em Feira de Santana.

O comerciante e morador do distrito Ivandson da Silva representou a comissão e utilizou a tribuna livre da Câmara Municipal para falar sobre o evento, que, segundo ele, vem perdendo força ao longo dos anos, desde que o prefeito Colbert Martins assumiu a gestão do município.

Em entrevista ao Acorda Cidade, ele afirmou que a prefeitura deveria utilizar os R$ 9 milhões que tem em caixa, na Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, para organizar os festejos, valorizando os pequenos produtores e fomentando a economia local.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Mesmo que a Câmara autorize uma suplementação de R$ 1 milhão para a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, não vai ter tempo da prefeitura organizar os festejos juninos. Se ele tem R$ 9 milhões em caixa, por que não utiliza esse dinheiro para fazer o São João e depois pede essa suplementação para completar o dinheiro para fazer a Micareta? Isso seria o mais coerente. O São João abrange oito distritos, os maiores são Maria Quitéria e Humildes, que têm maior população e são de fácil acesso, têm locomoção para o povo, têm atrações melhores, mas são oito distritos que fazem. E o pequeno produtor já começa a ter renda, mas também aquele que aluga o palco, o toldo para a prefeitura”, afirmou.

O comerciante acredita que a Micareta não deverá trazer tanto lucro para os cofres do município, uma vez que, os grandes empresários, donos de camarotes, é que são os maiores beneficiados.

“A Micareta, que é uma festa de quatro dias, recebe muito patrocínio, mas hoje traz mais benefício para o setor privado. Hoje virou uma festa em que o folião pipoca não tem mais o respaldo de antigamente, e as grandes empresas que fazem festas em camarotes privados, cobram valores exorbitantes, e que lucram muito mais com isso. Já o São João é a festa do pequeno, da pessoa que leva o voto para ele na eleição, que tem o pouco apurado para investir na festa”, argumentou.

Além da queda dos investimentos no São João de Maria Quitéria, outros problemas incomodam os moradores do distrito, segundo Ivandson, como a questão da infraestrutura de escolas, saúde e segurança pública.

“O poder público vem abandonando o nosso distrito dia após dia. A gente já não tem infraestrutura, uma segurança de qualidade, iluminação pública, e a única coisa que a gente tinha, que era tradição há mais de 30 anos, que é o nosso São João, o prefeito Colbert Martins se recusa a fazer. São José é um distrito que não tem comemorações patrocinadas pela prefeitura, não tem festa de vaqueiro, não uma missa na festa do padroeiro, que é São José, organizada pela prefeitura. A única coisa que a prefeitura se dispunha a fazer era o nosso São João, que já teve cinco dias de festa e isso foi reduzindo. No primeiro ano de mandato do prefeito Colbert Martins, ele reduziu nosso São João por dois dias, colocou atrás muito fracas, a gente reivindicou, mas não teve êxito. Passamos dois anos com pandemia, mas hoje depois de tudo liberado, a prefeitura novamente alega que não tem recursos para fazer, mesmo tendo consciência que tem mais de R$ 9 milhões em caixa”, lamentou.

O representante da comissão sugeriu também que a prefeitura não precisa fazer uma festa cara, mas que mantenha a tradição.

“Não tem necessidade de ele fazer um São João exorbitante, mas dá para fazer todas as festas que o distrito está precisando. Todo pequeno agricultor já começa a ter sua renda desde o Forró do Comércio. É um período que os pequenos agricultores, não só do distrito de Maria Quitéria, mas de Humildes e todos os outros distritos, conseguem levar o pão para dentro de casa, vender sua pamonha, sua canjica, seu licor”, destacou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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