Greve

Professores da Uefs decidem assinar acordo e greve pode acabar nesta quarta-feira (15)

O governo pagou os salários suspensos dos professores do mês de abril, cumprindo, as diversas decisões judiciais que determinavam o seu pagamento imediato.

Acorda Cidade

Os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) aprovaram, durante assembleia na tarde desta terça-feira, a assinatura do Acordo salarial e do Termo de Compromisso prevista para acontecer em reunião com o governo, nesta quarta-feira (15), às 10h, na Secretaria de Educação. Ocorrendo a assinatura do acordo, a greve será imediatamente suspensa, retornando às atividades acadêmicas na quinta (16).

Ontem (13), o governo pagou os salários suspensos dos professores do mês de abril, cumprindo, as diversas decisões judiciais que determinavam o seu pagamento imediato. “É uma conquista histórica para nós. O governo foi obrigado a nos pagar ainda em greve. O corte de salários demonstra a atitude autoritária deste governo, que tentou pressionar para o fim da greve antes de negociar”, relata o coordenador da Associação dos Docentes da Uefs (Adufs), Gean Santana.

A greve dos quase cinco mil professores empurrou o governo a aceitar uma proposta de Acordo Salarial, através da incorporação de uma gratificação (CET) ao salário base, que garante aumento real para os próximos dois anos e retomada das negociações em janeiro de 2013, quando se fechará um novo acordo. Quanto aos efeitos do Decreto 12.583/11 nas Universidades, os professores também conseguiram avanços importantes ao arrancarem do governo o compromisso formal de que serão realizadas reuniões para solucionar tais problemas e que retornará às Universidades a responsabilidade pela tramitação dos processos ligados aos direitos garantidos no Estatuto do Magistério Superior, referentes a afastamento para pós-graduação, promoções, progressões e mudança no regime de trabalho.

O novo Termo de Acordo reduz o prazo de restrições a novos ganhos reais de salários de quatro para dois anos. O Termo de Compromisso, aceito na assembleia, já estava com as alterações solicitadas pelos professores ao governo em reunião na sexta (10), entre elas, o estabelecimento de reuniões ordinárias bimestrais para discutir soluções para os impactos do Decreto nas Universidades, e não trimestrais como proposto anteriormente, com data de início para 20 de junho, com o Fórum das 12 (estudantes, professores, técnicos), reitores e governo. (Adufs)