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Entenda o que são 'zebras': startups que apostam na sustentabilidade como modelo de negócio

Diferente dos antigos unicórnios, as chamadas zebras têm ganhado cada vez mais espaço, uma vez que a ideia de capitalismo consciente passou a ganhar mais adeptos.

28/03/2022 às 11h01, Por Laiane Cruz

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A cada ano que passa vemos o crescimento das startups se elevar. De acordo com o Relatório 2021 Wrapped Brazilian Startups, produzido pela plataforma Sling, o volume aportado nessas empresas brasileiras aumentou 200% no ano passado, enquanto o valor médio dos investimentos mais que dobrou. No entanto, novos modelos de negócios passaram a surgir no meio com um viés mais social, o que tem atualizado a forma do segmento se expandir. Um deles é o das chamadas “zebras”, que se caracterizam pela inovação por meio de um empreendedorismo sustentável, mais focado em propósito, impacto e transferência.

Diferentemente de um unicórnio – nome dado a uma startup avaliada em mais de US$ 1 bilhão no mercado -, esses grupos não dependem exclusivamente de aportes de Venture Capital (VC), o capital de risco, que são investimentos aplicados em pequenas e médias organizações que têm alta expectativa de rentabilidade em um futuro de curto prazo. O motivo é a mentalidade focada em um capitalismo consciente desde o início dos processos, com padrões mais éticos e tecnologias que favoreçam a sociedade.

 

"Novas empresas não podem ter o lucro como finalidade básica, mas sim como consequência. A responsabilidade social, sustentabilidade e inclusão são os verdadeiros pilares para que haja um crescimento saudável, envolvendo não só os colaboradores mas a comunidade e as pessoas que utilizam esses serviços", explica Flávio Alves, fundador e CEO da Novatics, o principal estúdio de produtos digitais do Brasil que acredita no modelo de negócios das zebras.

Inclusão e produtividade

O relatório da Sling também revelou que as startups brasileiras contrataram mais de 100 mil pessoas em 2021. Porém, muitas empresas ainda não incentivam com mais veemência a contratação de funcionários pertencentes a classes minoritárias e vários empreendedores delas ainda sofrem com a falta de VC.

Esta lacuna na inclusão é mais um aspecto da realidade que as zebras buscam combater, o que ocasionou a criação do movimento Zebras Unite. Criado em 2017, o grupo vai contra a cultura do capital de risco e procura incentivar a colaboração e o desenvolvimento empresarial sustentável.

"O bem-estar da equipe, uma gestão transparente com relação às finanças, objetivos e resultados da empresa ajudam a pavimentar um ambiente de confiança. Com esse propósito, a startup pode atingir um nível de produtividade acessível e estratégico, feito para o futuro que toda a sociedade quer e precisa", afirma Alves.

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