Gabriel Gonçalves
Foi disputado entre os dias 18 e 19 de março, o Torneio Sesi de Robótica em Salvador, no qual a Escola Sesi José Carvalho, de Feira de Santana, está entre as oito equipes, que conquistaram vaga para o Festival Sesi de Robótica, a maior competição nacional do gênero, realizada pelo Serviço Social da Indústria.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
Integrante da equipe, Clara Magalhães contou a expectativa para participar da competição e explicou como a disciplina de robótica auxilia no aprendizado.
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"Essa disciplina já faz parte do nosso ensino normal, no qual a gente tem duas vezes por semana. Eu posso dizer que ajuda muito com esta disciplina, a gente aprende muito sobre design do robô, programação, conceitos da física, química, entre outros também, além da matemática. Esse é um grande momento para toda equipe, estamos nos preparando cada vez mais e que possamos continuar avançando na etapa para conseguir participar de mais uma competição. Posso dizer que sinto muito confiança, ainda mais por estar representando a minha cidade", disse.
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Leon Lucas Bispo também é estudante da Escola Sesi José Carvalho. Ao Acorda Cidade, ele contou que esta é a segunda vez que segue para o estado de São Paulo e representar a Bahia se torna mais importante ainda.
"Eu fico muito agradecido com esta oportunidade, acho que representar a Bahia é algo muito significativo, porque a gente tem um grande cultura e a gente vai levar isso para São Paulo, na tentativa de garantir a vaga na competição internacional. Estamos nos preparando para dar o nosso melhor, dar o nosso potencial, o nosso brilho. Aqui eu tenho a oportunidade de aprender um pouco mais sobre engenharia, sobre design de robótica e tudo isso vai muito mais além do que estar em sala de aula. Na competição que participamos em Salvador, ficamos em segundo lugar com o carro mais veloz e continuamos confiante para mais uma etapa", contou.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
Segundo a professora de robótica, Nemize Magalhães, seis alunos estão representando a cidade de Feira de Santana nesta competição na equipe Star Racing.
"A gente trabalha com vários pilares da robótica, como montagem, programação, mas também é trabalhar com valores, inclusão, trabalho em equipe, escuta ativa, respeito mútuo, entre outros valores que a gente trabalha aqui nas aulas de robótica e nos treinos da robótica para os campeonatos. Hoje nós temos seis alunos na equipe Star Racing e mais 19 que fazem parte da suplência. Tivemos o campeonato no último final de semana e foi maravilhoso, é um momento de muita troca, de muita diversão, na verdade é uma culminância de todo trabalho que é resultado de seis a oito meses, a depender da equipe, e lá a gente vai mesmo para mostrar tudo que a gente produziu e também se divertir", contou.
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Ainda de acordo com a professora, os estudantes que começam a estudar sobre robótica apresentam um novo tipo de perfil, daquele quando entrou na Instituição.
"Inicialmente, o aluno aqui na escola Sesi ele se matricula e já tem acesso a duas aulas por semana na robótica educacional. Nós que somos técnicos, a gente fica atento ao desenvolvimento dos meninos durante a robótica educacional, nos momentos de sala de aula porque entre maio e julho acontecem as relações para as equipes para campeonatos nesta seleção, e os meninos passam por três etapas onde a gente tira os alunos que vão participar do campeonato. Quando eles entram na equipe, eles entram com o perfil e saem com perfil completamente diferente, com uma melhor oratória, os meninos aprendem pesquisas científicas, os meninos trabalham com várias habilidades que na escola regular, eles não tem tanto acesso como aqui", destacou.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
Para o professor Alan Brandão, estes tipos de competições despertam um interesse muito grande por parte dos estudantes, pelo critério de estarem representando uma cidade, um estado e também apresentando um projeto criado em sala de aula.
"É muito importante nesse momento, em que os estudantes já vivenciaram um pouco do educacional, e daí nós fazemos uma seleção levando aqui aqueles que tem mais potencial nas nossas escolas. Geralmente, eles vão com o intuito de estar representando a nossa cidade e também dentro desse trabalho, desenvolvem várias habilidades que a robótica na verdade nos proporciona durante este processo de trabalho. Além de desenvolverem conhecimentos que são trabalhados dentro de sala de aula, também desenvolvem habilidades socioemocionais como também a questão empreendedora, eles são verdadeiros empreendedores. A F1, por exemplo, eles devem abrir uma empresa e arrecadar recursos, captar recursos para poder dar a eles, uma sustentabilidade de forma que eles consigam manter esta empresa e arcar com os custos dos materiais que são materiais bem caros. Um carrinho desse que disputa as corridas de F1 custam em torno de R$ 10 mil, então eles passam por um processo de usinagem, eles precisam fazer a prototipagem utilizando recursos 3D, então envolvem a questão da física, da engenharia, que são trabalhadas dentro de sala de aula e que também ultrapassa os muros da sala de aula, e a gente precisa buscar profissionais para nos dar algum tipo de suporte com isso", concluiu.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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