2 de novembro

Visitantes vão aos cemitérios para fazer orações e lembrar com saudades de entes queridos

Em Feira de Santana, os cemitérios receberam muitos visitantes durante a manhã e o silêncio destes locais foi preenchido por lembranças e a certeza de que os laços de amor permanecem após a morte.

02/11/2021 às 10h34, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

Neste 2 de novembro, Dia de Finados, data que é voltada para homenagear os mortos, os cemitérios recebem visitantes que dedicam-se a levar flores, fazer manutenção dos túmulos e lembrar dos que já se foram com muitas saudades. Em Feira de Santana, os cemitérios receberam muitos visitantes durante a manhã e o silêncio destes locais foi preenchido por lembranças e a certeza de que os laços de amor permanecem após a morte.

A reportagem do Acorda Cidade encontrou no cemitério Piedade, Dulce Souza que é feirense e mora em Salvador há 40 anos. Todos os anos neste Dia de Finados ela vem à Feira de Santana e visita no cemitério o túmulo onde estão sepultados seu pai, tios, irmãos e avós.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Segundo ela, essa prática é uma tradição que foi passada pela sua mãe e ainda hoje quando retornar para Salvador irá visitar também o túmulo onde o marido foi enterrado.

“Venho todos os anos trazer flores. Para mim esta data marca a dor da separação. Mas não há tristeza. Há muita saudade no meu peito. Sei que eles partiram fisicamente, mas estão presentes através da saudade. O dia significa saudade, uma energia que está no coração”, afirmou.

Martins da Cruz Juriti, de 75 anos foi até o cemitério Piedade visitar o filho que morreu há três anos de causas naturais.

Ele afirmou que é do município de Antônio Cardoso e todos os anos também cumpre essa missão no dia 2 de novembro.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Cheguei 7h e fiquei aguardando o cemitério abrir às 8h. Antes abria 7h e me disseram que houve uma mudançana direção. Esperei quase uma hora. A vida é passageira e eu venho todos os anos ao túmulo de meu filho”, comentou.

No cemitério São João Batista no bairro Mangabeira, Jaciara da Silva estava limpando e colocando flores na sepultura onde estão enterrados sua avó e um primo.

Na opinião dela, este ritual de todos os anos traz à tona muitos sentimentos, lembranças e bons momentos vividos principalmente ao lado de sua avó que foi quem lhe criou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Ficam as lembranças e a esperança em saber que partiram para os braços do Pai”, frisou.

A irmã Loures Trevisol participou da programação religiosa no cemitério São Jorge e estava oferecendo aos visitantes palavras de conforto e do evangelho de Cristo.

Ela aconselhou que todos possam ter confiança de entregar seus entes queridos que morreram à Deus e que assim possam ter serenidade para perceber que a vida dada foi transformada para a eternidade.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Desde cedo a gente tem participado da celebração da eucaristia e a gente percebe pessoas que estão aqui rezando, visitando, se encontrando, celebrando o dia. Mas, este dia não é para celebrar o dia da partida e sim o dia da vida que não foi tirada, mas transformada. É uma vida que nos foi dada para a vida eterna e ela encontra significado à medida que a gente contempla a vida junto com Deus e o infinito. O conselho para as famílias é que consigam entregar a vida dessa pessoa querida, na certeza que alguém do lado de lá vai acolher, abraçar. Eu acredito que a serenidade vem à medida que se tem essa confiança. É um ato de entrega, Deus acolhe de braços abertos e um dia nos encontraremos todos, a nossa vida é de passagem, entregue-a a Deus”, acrescentou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

No cemitério São Jorge, Maria Nancy visitava o túmulo onde estão seus pais e irmã. Ela contou que um sobrinho que morreu em São Paulo e foi cremado, também terá as cinzas guardadas no local e o sentimento é que todos estão junto a Deus.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Venho aqui há 23 anos, desde que minha mãe faleceu e Deus toma conta de todos”, frisou.

Julice Oliveira também estava no cemitério limpando o túmulo dos familiares e para ela, o Dia de Finados é de dor e tristeza.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Para mim é um dia de dor, tristeza e saudades. De se concentrar em oração e lembrar o que as pessoas fizeram de bom aqui na Terra”, concluiu.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

 

Com informações dos repórteres Ed Santos, Ney Silva e Paulo José do Acorda Cidade.

 

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