Política

Vereador nega motivação política em manifestações do transporte público

Para Silvio Dias, a prefeitura, ao apontar motivações políticas para a manifestação, tenta encobrir a forma ineficiente de como vem conduzindo os problemas da cidade, em especial a deficiência do transporte público.

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O vereador Silvio Dias (PT) repudiou nesta quinta-feira (28) a nota emitida pela prefeitura municipal de Feira de Santana de que ele estaria por trás das manifestações dos moradores da zona rural contra a falta de transporte público.

De acordo com a prefeitura, as manifestações estariam sendo organizadas com motivação política pelo agente parlamentar Ubiratã Fonseca de Jesus, que é nomeado como assessor pelo gabinete do vereador, com a finalidade de criar problemas contra a administração municipal e, sobretudo, à população.

O assessor parlamentar também foi citado na ação judicial que exigiu ontem (27) a liberação imediata dos ônibus da garagem da empresa Rosa, que estão sem circular desde a manhã de quarta-feira.

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Para o vereador Silvio Dias, a nota da prefeitura é absurda e busca desviar o foco da manifestação organizada pelos moradores da zona rural, sobre a falta do transporte público para as comunidades dos distritos da Matinha e Maria Quitéria.

“É uma nota absurda, que demonstra uma falta de inteligência de não entender o que vem acontecendo na cidade, em todos os sentidos, em todas as áreas. São manifestações dos camelôs, dos comerciantes do shopping popular, dos professores e do transporte público. A cidade vive essas manifestações por falta de diálogo com a prefeitura. São manifestações legítimas conduzidas por pessoas da comunidade”, argumentou.

Transporte ineficiente

Para ele, a prefeitura, ao apontar motivações políticas para a manifestação, tenta encobrir a forma ineficiente de como vem conduzindo os problemas da cidade, em especial a deficiência do transporte público.

“O Bira é morador do Alecrim Miúdo, que assim com os outros que moram lá, está sofrendo com a falta do transporte. A prefeitura não teve a capacidade de garantir o transporte público para os distritos da Matinha e Maria Quitéria. A população não consegue seguir para trabalhar, estudar e a única forma que tem para conseguir chamar a atenção da prefeitura é se manifestar. Agora, Bira, por ser assessor não pode participar de uma manifestação? Aonde está escrito isso? As manifestações, inclusive, continuam sem a presença dele, quando não participa diretamente. Ele é um dos que ajudou a organizar, assim como fez no passado, antes de ser meu assessor. Tenho orgulho de dizer que meus assessores trabalham e tem ligação com as causas sociais. A manifestação não acontece por causa dele, acontece por causa da incompetência da prefeitura, que se quer acabar com os protestos, garanta que a empresa vai rodar”, protestou.

Descumprimento de contrato

O vereador relembrou ainda que a empresa Rosa deixou de circular na zona rural há dois anos, em descumprimento ao contrato de concessão, e as linhas foram assumidas pela empresa São João, que agora também se nega a prestar o serviço na zona rural.

“Não vejo a mesma agilidade da prefeitura em acionar judicialmente a empresa, inclusive a empresa Rosa, que já abandonou esse sistema há dois anos na zona rural, e a São João assumiu pela Rosa ter descumprido o contrato. E nós não vimos uma ação judicial por parte da prefeitura obrigando a empresa a retornar. Agora, a prefeitura é muito ágil em acionar judicialmente a população. Mas quando se trata de empresários, ela não tem essa mesma truculência, essa mesma vontade política de agir. A prefeitura fica tentando mudar o foco do problema dizendo que é uma manifestação política. Se quer resolver o problema, coloque os ônibus para rodar e com certeza não haverá motivo para a população estar se manifestando.”

O vereador reiterou também a sua posição acerca da construção do BRT pelo município, que serviria para solucionar os problemas do transporte na cidade.

“O transporte é caótico, não funciona e não atende as pessoas. A saída encontrada pela prefeitura, que foi o BRT, demonstra que foram R$ 96 milhões jogados no lixo, uma grande fraude que aconteceu na cidade. A empresa até se beneficia no momento que ela não roda, deixa de gastar combustível, deixa de gastar com pneu, não paga hora extra aos trabalhadores, e continua recebendo da prefeitura. Então quem vem para as ruas reclamar é quem vem sofrendo, pois a cidade quase já não pega mais ônibus, a população já está acostumada a pegar outros meios de transporte. Mas o morador da zona rural, que não consegue pegar carro de aplicativo e os clandestinos porque mora distante, esse sente diretamente o impacto da falta de ônibus. Infelizmente, não há sensibilidade para enxergar isso. A única maneira de buscar os seus direitos e serem ouvidos, porque ninguém consegue conversar com a prefeitura de Feira de Santana, é através da manifestação”, declarou.

Silvio Dias destacou, por fim, que nem mesmo os vereadores têm conseguido se comunicar com o governo municipal.

“Todas as vezes que os vereadores são convidados a participar de manifestações, eles participam. Porque fomos eleitos pelo povo para representá-los e tentar uma interlocução com a prefeitura. Nós vimos tentando, e infelizmente não conseguimos. Ontem, após a prefeitura informar que estava aberto o diálogo, foi formada uma comissão, que se dirigiu até a Secretaria de Transportes, e chegando lá não encontraram o secretário, que informou que estaria lá para recebê-los e não houve esse diálogo”, disse. (Por Laiane Cruz)

Dilton e Feito

Dilton Coutinho, fundador do Acorda Cidade, é um radialista renomado com mais de 20 anos de experiência na cobertura jornalística. Ele construiu uma carreira sólida marcada por sua dedicação à verdade e ao jornalismo ético. Atuando em diversos veículos de comunicação, Dilton ganhou reconhecimento por sua habilidade em abordar temas complexos com clareza e profundidade. Sua paixão por informar o público e sua integridade profissional fazem dele uma referência no jornalismo contemporâneo.

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