Feira de Santana
Motoristas de aplicativo realizam protesto contra o aumento do preço da gasolina
Os motoristas saíram pelas postos de combustíveis abastecendo os veículos com R$ 1, exigindo nota fiscal.
27/10/2021 às 08h59, Por Gabriel Gonçalves
Gabriel Gonçalves
Depois de novos aumentos abusivos no preço do combustível, motoristas de aplicativo de Feira de Santana, realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira (27) pelo centro da cidade.
A concentração da manifestação foi realizada no terminal do BRT da Avenida Ayrton Sena.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o motorista João Romário, informou que a cada dia que passa, as dificuldades aumentam para trabalhar no município, seja pela alta do combustível, seja pela falta de manutenção das vias.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
"Eu já tenho mais de um ano rodando como motorista de aplicativo e posso dizer que a cada dia que passa, está difícil rodar aqui na cidade de Feira de Santana, assim como em todo o estado, em todo o Brasil pela alta do combustível que está inadmissível. Mas, a cidade também está desorganizada, toda esburacada e a gente acaba com o nosso carro, perde tempo, o aplicativo não repassa o valor, mas tudo bem que não é culpa do aplicativo, mas a gente ganha pouco com as corridas. Com esse preço da gasolina, a renda está se tornando pouca", afirmou.
Abastecendo os veículos com valores de R$ 0,50 e R$ 1, os motoristas estavam exigindo as notas fiscais.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
"A gente vai aguardar outros motoristas chegarem aqui e iremos passar pelos postos de combustíveis para abastecer o carro com R$ 1 e vai ter gente que vai colocar R$ 0,50 e vamos exigir a nota fiscal", informou João Romário.
Trabalhando há cerca de dois anos como motorista de aplicativo, Anderson Moraes paga R$ 400 por semana pela utilização do veículo. Ao Acorda Cidade, ele informou que o preço alto do combustível não está contribuindo para honrar com outros compromissos.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
"Eu já rodo como motorista de aplicativo há cerca de dois anos e está sendo difícil levar o sustento para nossa família. Como é que a gente vai levar o pão para casa com a gasolina nesse valor? O carro que eu trabalho é alugado e pago R$ 400 por semana, cerca de R$ 1.600 por mês, e a renda está ficando comprometida. Eu trabalho em torno de 14 horas por dia, praticamente não durmo, estamos aí nos esforçando todos os dias e decidimos fazer esse protesto e vamos parar nos postos para abastecer com os valores de R$ 1 e R$ 0,50", concluiu.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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