Greve

Em protesto, professores da Uefs invadem prédio da Direc e dançam forró

De acordo com o professor Adroaldo Oliveira a intenção do protesto criativo é dar visibilidade ao movimento de greve.

 Andréa Trindade

Depois de fazerem a barba em frente à prefeitura Municipal de Feira de Santana, parodiando o corte de salários feito pelo Governo e o corte da barba do Governador Jaques Wagner em uma ação publicitária da Gillete,  os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana realizaram mais um protesto criativo. Desta vez foi no prédio da Direc, na manhã desta sexta-feira (26), onde os docentes fizeram um verdadeiro arraia, com  direito a sanfoneiro, amendoim, milho e dança.

 

De acordo com o professor Adroaldo Oliveira a intenção do protesto criativo é dar visibilidade ao movimento de greve.

 

“Estamos desde abril com os salários cortados, a Justiça mandou o Governo pagar, mas provavelmente ele vai recorrer. Isso mostra a prática autoritária do Governo da Bahia que em vez de negociar, corta o salário”, desabafou o professor.

Durante reunião, ocorrida na última quarta-feira  (25) na Secretaria de Educação (SEC), os professores apresentaram ao Governo uma nova proposta de redação da cláusula do Termo de Acordo salarial na qual aceitam o parcelamento da incorporação da gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET), mas rejeitam sua vigência por quatro anos, congelando seus salários neste período.

Eles  também sinalizaram a possibilidade de diminuição deste período, mas os representantes do governo preferiram acatar a nova proposta de redação. Quanto à revogação do Decreto 12583/11, o outro ponto da pauta de greve, o governo continuou irredutível e apenas se comprometeu a realizar reuniões, após o fim da greve, para discutir os seus efeitos sobre as Universidades.

Uma assembleia acontecerá na Uefs na próxima segunda-feira (30), às 14 horas, quando os professores avaliarão os novos encaminhamentos da greve que envolvem quase 5 mil professores das UEBA (Universidades Estaduais da Bahia).   

Aproximadamente 60 mil estudantes estão sem aula nas quatro universidades. Na Uefs, a greve teve início no dia 11 de abril, na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) no dia 08 de abril e, posteriormente, na Universidade do Estado da Bahia (Uneb) no dia 26 de abril, segundo informações da Associação dos Docentes da Uefs – Adufs.
 

Fotos: Paulo José/Acorda Cidade