greve

Coopertrafs vai parar as atividades por falta de pagamento

A Coopertrafs não recebe aumento há dois anos e meio e José Vicente alega que há desinteresse por parte do poder público em melhorar a forma de recebimento dos cooperados, como também a qualidade e a segurança dos veículos

Atualizada às 17:30

Roberta Costa

Foi decidido em Assembleia que a Cooperativa do Transporte Alternativo de Feira de Santana (Coopertrafs) irá paralisar as operações ainda essa semana.

O Presidente da Cooperativa do Transporte Alternativo (Coopertrafs), José Vicente, esteve no Programa Acorda Cidade na manhã desta terça-feira (24) para convocar todos os cooperados para a Assembleia, que foi realizada hoje na sede da cooperativa, às 16h.

A Assembleia decidiu o destino de todos os cooperados que prestam serviço ao Sistema Integrado de Transporte (SIT), que segundo João Vicente, está “às ostras”, pois eles não estão recebendo os vencimento há quinze dias, um débito da ordem de 1 milhão de reais.

Quem repassa o valor a Coopertrafs é o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Feira de Santana (Sincol), que recebe da Prefeitura Municipal de Feira de Santana. “A prefeitura diz que não tem compromisso com a gente, mas também não paga o Sincol para que a gente possa receber”, afirmou. Sendo assim, “o dinheiro está travado e o gargalo está entre a prefeitura e o Sincol”, disse José Vicente.

Sobre a situação dos cooperados, ele afirmou que “o pessoal está sem crédito devido aos atrasos salariais, os postos de gasolina já estão cobrando os vencimentos e ameaçam não abastecer mais os nossos carros”.

No SIT são 55 permissionários, que fazem a alimentação de passageiros entre os transbordos e os bairros e recebem diretamente do Sincol. O que é diferente da situação das vans que fazem linha para os distritos da cidade, que recebem o pagamento na hora, do passageiro, assim não há atrasos.

“O poder municipal tem que tomar uma decisão em relação a essa situação, pois se continuar assim, é melhor para a categoria acabar com o SIT e voltar às linhas antigas, pois já estávamos legalizados”.
Para João Vicente, é necessário criar uma câmara de compensação. Assim, o passageiro paga a passagem e o valor é rateado diariamente pelas partes interessadas, o que evitaria atrasos.

“Estamos cumprindo com o nosso acordo, agora é hora de organizar a situação. A assembleia de hoje teve o intuito de resolver essa situação. Temos a obrigação de trabalhar e o direito de receber em dia o nosso salário e ter o nosso serviço reconhecido na cidade”, finalizou.