Feira de Santana

Sem acordo por melhorias, permissionários do transporte alternativo pensam em entregar frota de veículos

Para o presidente da Ascotrafs Feira, a inclusão da bilhetagem eletrônica amenizaria prejuízos financeiros.

Sem acordo por melhorias, permissionários do transporte alternativo pensam em entregar frota de veículos Sem acordo por melhorias, permissionários do transporte alternativo pensam em entregar frota de veículos Sem acordo por melhorias, permissionários do transporte alternativo pensam em entregar frota de veículos Sem acordo por melhorias, permissionários do transporte alternativo pensam em entregar frota de veículos

Gabriel Gonçalves

Não é de hoje que motoristas e cobradores que atuam no transporte alternativo de Feira de Santana, lutam por melhorias que venham beneficiar a categoria.

Há cerca de três meses, os permissionários realizaram uma manifestação pelo centro da cidade solicitando a intensificação da fiscalização contra os veículos clandestinos e inclusão da bilhetagem eletrônica nas vans.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o presidente da Associação dos Condutores Autônomos do Transporte Alternativo de Feira de Santana (Ascotrafs Feira), Raimundo Souza, conhecido como "Dinho do Alternativo", explicou que a categoria está vivendo um momento crítico por conta do baixo faturamento.

"A situação é muito delicada. O pessoal do transporte alternativo está vivendo um momento crítico e muitos já estão entregando as suas linhas por não ter o faturamento, que possa manter o motorista e o cobrador. Cada dia que passa, é um momento de desespero sem saber o que fazer. Infelizmente o sistema de bilhetagem eletrônica não chegou e essa é uma luta antiga, porque esse equipamento iria nos ajudar, assim como iria ajudar a comunidade que está aí com seus créditos sem poder utilizar", disse.

De acordo com Dinho, a decisão é do prefeito para que possa dar uma atenção melhor à categoria, mas destacou que o mesmo não atende aos pedidos dos permissionários.

"Só depende do prefeito para que ele possa nos dar essa atenção que necessitamos. Estamos sempre repetindo, poderiam trazer a bilhetagem eletrônica, poderia nos dar um auxílio, porque não está fácil. Um cidadão como eu que está aí no mercado há mais de 20 anos e infelizmente não sei fazer outra coisa, fico nessa situação sem saber o que fazer. Atualmente temos média de 120 carros aqui em Feira de Santana e algumas pessoas já entregaram as suas linhas porque não vão querer cobranças futuras. Sendo sincero aqui, hoje o prefeito não atende mais as ligações, tentamos contato com o secretário Saulo, também não temos o retorno devido e ficamos nessa situação", afirmou o presidente da Associação ao Acorda Cidade.

Atualmente a frota do transporte alternativo circula apenas na zona rural de Feira de Santana.

"Hoje a gente não atua mais na área urbana da cidade, apenas na zona rural. Uma das nossas deficiências hoje, é não ter modernizado o sistema e ficamos para trás, estamos atrasados, porque já deveríamos estar com a bilhetagem eletrônica ativa. De qualquer maneira, agradecemos ao prefeito por ter rescindido o contrato do GPS, porque não temos nenhum vínculo com nenhuma empresa, nem a Rosa e São João. Colocaram esses GPS em nossos veículos para sermos monitorados, pagando um valor altíssimo de quase R$ 300. Esse é o único município que o concorrente monitora os outros veículos alternativos", concluiu.

O Acorda Cidade entrou em contato com a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), mas até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade