Ilani Silva
Dos 120 casais que vivem em união homoafetiva em Feira de Santana, três já buscaram apoio do Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual (Glich) para oficializar a união. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união entre pessoas do mesmo sexo que agora podem desfrutar dos direitos previstos no Código Civil de casais heterossexuais.
Segundo o presidente do Glich, Rafael Carvalho, o levantamento feito pelo IBGE no ano passado, constatou que 3000 casais vivem em união homoafetiva na Bahia, destes 119 residem em Feira. No entanto, ele acredita que o número seja em maior já que alguns casais não foram entrevistados e outros não quiseram responder ao questionamento.
Em relação aos registros oficiais de casais do mesmo sexo na cidade, Rafael Carvalho informou que não tem o conhecimento de como os cartórios estão agindo com essa nova realidade.
“Vamos manter contato com o Fórum para saber como estão realizando os procedimentos e então vamos receber os casais, recolher os documentos necessários para efetuar o registro dessas relações”, disse.
Ele acredita que os cartórios solicitem mandado judicial para realizar o procedimento e os advogados criarão jurisprudência para registrar essas uniões.
Em relação à adoção de crianças por casais homossexuais, Rafael Carvalho explicou que estudos europeus e norte-americanos já comprovaram que não existem danos psicossociais ao convívio de crianças com pais do mesmo sexo. As informações são do repórter Ney Silva do programa Acorda Cidade