Educação

Erros em livros distribuídos por ministério podem prejudicar estudantes, diz Cristovam Buarque

Para o ex-ministro da Educação do governo Lula Cristovam Buarque existe um risco de se criar duas formas de falar o português

Erros em livros distribuídos por ministério podem prejudicar estudantes, diz Cristovam Buarque Erros em livros distribuídos por ministério podem prejudicar estudantes, diz Cristovam Buarque Erros em livros distribuídos por ministério podem prejudicar estudantes, diz Cristovam Buarque Erros em livros distribuídos por ministério podem prejudicar estudantes, diz Cristovam Buarque

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Apesar de não ser o tema da reunião de hoje (17) da Comissão de Educação do Senado, o uso de termos coloquiais da língua portuguesa, inclusive com erros gramaticais, em livros didáticos distribuídos pelo Ministério da Educação (MEC) norteou o debate dos parlamentares. Inicialmente, a audiência foi marcada para discutir com o ministro Fernando Haddad a comparação histórica entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Fernando Henrique Cardoso em publicações do MEC para a rede pública. Como o ministro não compareceu, o tema tornou-se secundário.

Para o ex-ministro da Educação do governo Lula Cristovam Buarque existe um risco de se criar duas formas de falar o português. No entender do pedetista, os estudantes da rede pública, ao adotar erros de concordância verbal como regra, não terão a menor chance de passar em um concurso, por exemplo. “Tem que se ter em mente uma questão fundamental: sotaque e regionalismos são uma coisa. A língua portuguesa é outra”, destacou.

Marisa Serrano (PSDB-MS) disse que a ausência do ministro prejudicou os debates. “Ele tem que dar explicações sobre esses fatos. Todos os brasileiros são obrigados a aprender o português.”

O presidente da Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros), Jorge Yunes, disse que o importante, no debate, é contextualizar aos estudantes o porquê de a língua portuguesa constar no livro didático "daquela forma". Segundo ele, o certo é o professor "contextualizar a linguagem coloquial e, ao mesmo tempo, ensinar o português oficial".

Com a ausência de Haddad, a comissão dispensou da audiência três representantes do ministério que debateriam a comparação histórica entre os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso. O presidente do colegiado, Roberto Requião (PMDB-PR), justificou sua decisão afirmando que o convite foi feito ao ministro Haddad e não a eles. “Eles não foram convidados. Nós convidamos o ministro”, afirmou Requião. As informações são da Agência Brasil