Andréa trindade
O servidores da saúde, em Feira de Santana, decidiram manter a greve apesar da determinação do Juiz da 8ª Vara da Fazenda Pública, Mário Augusto Albiani Filho, que concedeu, nesta quinta-feira (5), liminar ao Estado da Bahia, autorizando a imediata suspensão do movimento grevista promovido pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaude).
O juiz atendeu um pedido da Procuradoria Geral do Estado, em ação movida pelo procurador Caio Druso, e reconheceu a ilegalidade da paralisação dos servidores de saúde pública na Bahia.
De acordo com o procurador, “a greve de profissionais de saúde atenta contra o interesse público e as necessidades, especialmente, dos mais necessitados”.
No entanto, Alzinete Bastos, do Sindimed garantiu durante entrevista ao ACORDA CIDADE, que os médicos que atuam na cidade manterão o movimento.
“Nós vamos manter a greve até o extremo e esperamos que o secretário venha com uma proposta que atenda nossa necessidade e que faça valer essa luta que não é só dos servidores da área de saúde, mas também dos usuários que hoje se encontram em dificuldade na emergência do Hospital Clériston Andrade”, afirmou dizendo em seguida que o Secretário de Saúde Jorge Sola e o Governador Jaques Wagner, conhecem a legalidade da greve.
A multa para o não cumprimento da ordem judicial é de R$ 80 mil por dia. A categoria disse que vai recorrer da ordem do juiz.
A médica relatou problemas estruturais do HGCA e espera um acordo entre a categoria e o governo.
“O secretário vai resistir até um certo tempo, mas haverá um momento em que vai se flexibilizar e vai parar e conversar com os servidores e atender a nossa necessidade, que é o que estamos buscando” disse.
Segundo os médicos, a greve é motivada pelas más condições de trabalho e pela má assistência à população, com hospitais superlotados e sem leitos suficientes. Os trabalhadores ainda reivindicam melhoria salarial, com o cumprimento do pagamento da Gratificação de Incentivo de Desemprenho (GID), retroativo a fevereiro de 2010. Ainda segundo com a categoria, o governo não cumpriu a implantação do Plano de Cargos e Salários.
Com informações do repórter Paulo José, do programa Acorda Cidade
Foto: Paulo José