Ciclista sofre acidente ao cair em bueiro e relata dificuldades no atendimento médico

^{Gabriel Gonçalves}

Após retornar de uma trilha com amigos, o ciclista Vinícius Souza Lima sofreu um acidente na noite da última terça-feira (29), quando estava trafegando pela Avenida João Durval Carneiro em Feira de Santana.

Em entrevista ao Acorda Cidade, Vinícius informou que o acidente foi por volta das 23h30, e não tinha nenhuma placa de sinalização no bueiro que estava sem a grade de proteção.

Foto: Divulgação

"Já estávamos retornando para casa, sentido bairro do Tomba e de imediato, só ouvi o grito de um dos meus amigos, quando percebi, o pneu já tinha caído dentro do bueiro e só deu tempo de proteger o rosto para não bater no asfalto. Mas, bati o ombro e joelho diretamente no chão", afirmou o ciclista.

Depois do ocorrido, Vinicius relatou que o atendimento do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), demorou para chegar até o local e ele só foi atendido cerca de duas horas depois do acidente.

"Inicialmente eu fui levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), mas chegando lá, o atendimento estava restrito. Então mandaram o Samu me levar para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Queimadinha. Chegando lá, o médico plantonista também informou que eu não poderia ser atendido por não ter ortopedista na unidade, nem material para fazer imobilização. Então continuei dentro da ambulância esperando a autorização para me conduzirem de volta para o HGCA II. Consegui ser atendido por volta de 2h30 da manhã por um proctologista que só fez analisar visualmente, não passando nenhum tipo de exame. Apenas passou medicação e me deu alta".

Ainda de acordo com Vinicius Souza, durante o dia  (30), ele voltou a sentir forte dores na região onde teve a pancada. 

Foto: Divulgação

Em resposta ao Acorda Cidade, a Assessoria de Comunicação do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), informou que que se o médico plantonista não passou exames, foi pelo motivo que não havia necessidade. O exame clínico e a prescrição de medicamentos indicaram que o paciente continuasse a recuperação em casa. Mas, caso o paciente continue sentindo dores, poderá retornar até a unidade de saúde para ter um novo atendimento. Ainda segundo a assessoria, a direção da unidade hospitalar, não interfere nas decisões dos médicos.

A reportagem do Acorda Cidade tentou o contato com a Superintendência de Operações e Manutenção, para saber se o bueiro já foi consertado, mas não conseguiu retorno.