Bahia

Reconstrução da economia da moda foi tema de Painel Setorial na Semana Sebrae

Encontro teve a presença de empresários da indústria, varejo e lojistas de todo o estado

30/07/2020 às 15h02, Por Maylla Nunes

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Se a regra sempre foi estar na moda, no novo normal, quem dita as tendências a serem seguidas são os consumidores. Em painel realizado nesta quarta-feira (29), como parte da programação da Semana Sebrae de Capacitação Empresarial, foram debatidos os impactos na economia da moda, oportunidades e os cenários que se apresentaram diante da pandemia do novo coronavirus.

O painel setorial teve como tema “Como reconstruir a economia da moda através da interação em cadeia” e contou com participação de Caio Arruda, especialista em Gestão de Marcas e cofundador da Clara Arruda, Anna Libório, especialista em Varejo de Moda, e Ilse Maria Biason, superintendente da Associação Brasil de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos. O encontro foi conduzido por Anny Santos, coordenadora nacional da Cadeia de Valor da Moda no Sebrae.

A sustentabilidade, o digital e o propósito de marca podem ser consideradas as principais questões afloradas, durante a crise mundial, sobretudo, na economia da moda. Para encontrar estratégias e se adaptar à nova realidade, Ilse Maria Biason indica que é importante pensar em como passar a crise, ou seja, tirar o foco do que está acontecendo. Desta forma, será possível rever o olhar para o que se apresenta neste novo mundo. Para Ilse, “não existe sustentabilidade sem interação de cadeia”.

“É preciso respeitar todos os aspectos e setores envolvidos. A Digitalização, por exemplo, consegue auxiliar para além das vendas. Dentro da moda, pode ser usada desde o início até o momento que é feito o designer, o corte do produto. Isso favorece a ter menos resíduos e retrabalho. A digitalização nos faz pensar em todas as outras etapas, que também entram na questão de sustentabilidade”, analisa.

Durante sua apresentação, a especialista em Varejo de Moda, Anna Libório trouxe o conceito de “Fisital”, que representa a união do físico e o digital, algo que considera importante para o varejo, mas também para ativar negócio. Nessa linha, a especialista chamou atenção para a capacitação do equipamento humano. Para ela, isso significa criar conexão entre o que está no digital e a experiência oferecida no espaço físico da loja.

“Um cliente que decide ir à uma loja física, certamente, já teve acesso à loja digital. Por isso, é importante capacitar e engajar o equipamento humano. Uma equipe que traga o personal branding para ela, faz toda diferença dentro do negócio. Então, valorize o pessoal de loja, da indústria, do comércio, isso provoca um pertencimento à sua empresa”, reitera.

Caio Arruda observa que optar por processos mais conscientes e inclusivos será melhor para os empresários do segmento de moda nesse novo mundo. “A indústria de moda é considerada a que mais emprega e cria desejo na população. Ela continuará sendo um importante instrumento de motivação e de auto realização para as pessoas, mas elas vão querer saber a procedência. No mercado de alimentos já houve um crescimento do verde, do que não usa agrotóxico. As pessoas estão ficando mais conscientes e estão se preparando melhor para esse momento”, alerta.

Ao final do evento, Gildoberto Oliveira (Calçados Maria Isabel), Renata Menezes (Rtop) e Adriano Ferreira (Coopact – Cooperativa dos Produtores de Artefatos de Couro da Comunidade do Tracupá), representantes de indústrias que trabalham com moda na Bahia, tiveram a oportunidade de apresentar seus produtos para os participantes do evento.

Novo Mundo

Com um olhar mais voltado para o futuro, a coordenadora nacional da Cadeia de Valor da Moda no Sebrae, Anny Santos, avalia que “nunca fomos tão felizes na história por trabalhar de forma cooperativa, pensando como coletivo e em prol do ganho de todos”. Segundo ela, a pandemia fez o consumidor, o empresário, os negócios de uma maneira geral, mudarem as suas dinâmicas e formas de pensar, pois foram forçados a olhar para o outro.

Anny diz que, para entender o novo normal, é preciso refletir sobre a nova forma do consumidor pensar e como interpretar e reprogramar os negócios, junto com a cadeia e, assim, reestabelecer uma economia do mercado de moda.

Para este cenário dicotômico, Anny aponta algumas características do consumidor para o pós-pandemia. Para ela, os clientes estarão vulneráveis e com menor poder de consumo, mas, também, estarão focados no consumo consciente, na valorização da experiência, do espírito colaborativo e aberto ao digital.

Em resposta, os empresários precisam se atentar para a transição e reinvenção de como falar e posicionar sua marca. Junto com o discurso de vendas, Anny aconselha que é fundamental ter sempre em mente: Empatia – como palavra de ordem, sensibilidade, simplicidade, autenticidade, verdade, colaboração e inclusão.

Semana Sebrae acontece até esta sexta-feira (31)

Gratuita e 100% online, a Semana Sebrae de Capacitação Empresarial vai até esta sexta-feira (31). O evento oferece 4.375 vagas, com 30 capacitações que serão realizadas em plataformas como WhatsApp, Instagram e Zoom. Os cursos, oficinas e seminários são direcionados para donos de micro e pequenos negócios e, nesta edição, vão trazer conteúdos focados em temas como finanças, marketing digital, liderança, além da apresentação de cases de sucesso. Um dos objetivos do evento, este ano, é contribuir com a disseminação de conhecimento para que os empresários possam superar a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. Ainda é possível se inscrever em algumas capacitações. Veja disponibilidade de vagas em: www.semanasebrae.com.br.

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