Feira de Santana

Empresas de ônibus suspendem demissões de 120 trabalhadores

As empresas Rosa e São João já demitiram 293 motoristas e cobradores em maio deste ano.

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Andrea Trindade

A demissão em massa de mais 120 trabalhadores do transporte coletivo urbano de Feira de Santana está temporariamente suspensa. A informação é do presidente interino do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Feira de Santana (Sintrafs), José de Sousa. As empresas Rosa e São João já demitiram 293 motoristas e cobradores em maio deste ano.

“Até que fim uma notícia boa. Fomos comunicados que, por enquanto, estão suspensas as 120 demissões, e há possibilidade daqueles 293, com o fim da pandemia ou se voltar a normalidade dos ônibus, proporcionalmente, chamar de volta esse companheiros que já foram demitidos. Recebemos essa notícia com muita alegria, porque ultimamente só estávamos recebendo notícias ruins. Esperamos que volte logo a normalidade aqui em Feira de Santana para que nosso companheiros possam trabalhar mais tranquilos sem o zum zum zum de que vai demitir hoje ou manhã. Esperamos que retorne o mais rápido possível os 100% dos rodoviários em Feira de Santana. Tudo hoje é com um protocolo, vai de acordo com o número de passageiros, a medida que for aumentando o carregamento, acredito que proporcionalmente vai aumentando o número de ônibus e de trabalhadores”, declarou.

O sindicalista acredita que a decisão ocorreu após conversa entre a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e as empresas. Com a reabertura do comércio, a demanda de passageiros aumentou e com isso as aglomerações nos ônibus, o que reforça a necessidade de mais ônibus e trabalhadores atuando. Quando houve o anúncio das novas demissões, José de Souza reclamou da falta de diálogo entre prefeitura e empresas no que se refere a impedir as demissões ou ajudar de alguma forma a evitar que tantos trabalhadores sejam demitidos.

As empresas de ônibus alegando dificuldades financeiras por conta da redução em 50% da frota em decorrência da pandemia de covid-19, aderiu a medida do governo federal de redução de salários e carga horária, para preservar os empregos, mas ainda assim demitiram 293 passageiros alegando não ter condições de pagar nem mesmo a metade dos salários.


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