Feira de Santana
Zé Neto esclarece polêmica dos respiradores emprestados para o Hospital de Campanha que foram devolvidos
Ele considerou a situação como uma polêmica desnecessária e que o momento atual pede que as discordâncias sejam deixadas de lado.
18/06/2020 às 11h24, Por Rachel Pinto
Rachel Pinto
O deputado federal Zé Neto (PT), esclareceu em entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (18), sobre a polêmica da devolução de três respiradores do Hospital de Campanha para o governo do estado. Os respiradores foram cedidos no dia 8 de junho a prefeitura de Feira de Santana pelo governo do estado e em entrevista ao Programa Transnotícias da Rádio Transbrasil FM, o diretor-medico do Hospital, Francisco Mota, explicou que a devolução dos equipamentos aconteceu porque eles são para uso em ambulância ou em transporte para a UTI. Ele disse ainda que assinou um documento justificando a devolução para a Secretaria Estadual de Saúde.
Zé Neto afirmou ao Acorda Cidade que a os ventiladores cedidos pelo estado são ventiladores de uma via e equipamentos do mesmo tipo estão sendo utilizados em hospitais de Salvador e do interior da Bahia. De acordo com ele, há mais de 60 ventiladores instalados e eles estão funcionando. O deputado relatou que os ventiladores de uma via tem uma potência menor, realmente são ventiladores para uso em transporte, mas não impedem de ser usados. Ele considerou a situação como uma polêmica desnecessária.
“Só para resumir o governo federal mandou sete ventiladores. Esses sete que o governo federal mandou, três são idênticos aos que foram enviados pelo estado. São ventiladores que utilizados sim e a polêmica eu acho totalmente desnecessária. Eu acho que não é esse o caminho, o caminho é mais de diálogo, de resolver as coisas. Eu estive no Hospital de Campanha há 15 dias e nesses 50 e tantos dias que o governo do estado colocou lá um tomógrafo, o equipamento está sem o laudo e sem colocar a caixa de transmissão. Eu liguei para o técnico responsável e ontem não tinha entregue ainda o laudo. Eu falei que se precisarem que alguém do estado que está nos hospitais trabalhando vá para o Hospital de Campanha, e só é me dizer que eu peço ao secretário Fábio Villa Boas que ele manda. Não pediram. Eu acho que essas coisas só se resolvem se estivermos juntos, só se resolvem se esquecermos um pouquinho essas coisas que estão acontecendo”, observou.
Centro de Pronto Atendimento para pacientes com covid-19
Zé Neto afirmou que muitos pacientes acometidos pela covid-19 estão sendo transferidos das policlínicas de Feira de Santana para unidades de saúde de Salvador e para ele, essa situação é muito preocupante. O deputado frisou sobre a necessidade do município criar um centro de triagem, um Centro de Pronto Atendimento para as pessoas com coronavírus e que esse centro possa acolher os pacientes, realizar testagens e os atendimentos necessários.
“Os pacientes estão indo para as policlínicas contaminando outras pessoas e piorando a situação deles porque ficam esperando e não tem testagem, não tem o controle de testagem. O estado já se colocou a disposição sobre essa questão dos testes, inclusive já autorizou a fazer os testes as UPAS vão fazer os testes. O município tem que ter um Pronto Atendimento com todas características de todos os outros que estão sendo abertos pela Bahia inteira para fazer a coleta, a triagem, o teste e acompanhar quem está com a doença. Isso para ver se a gente consegue aliviar a barra das policlínicas e UPAS que não estão habilitadas de forma adequada para receber um paciente nessas condições e de forma especializada”, acrescentou.
O deputado relatou que a ordem do governador Rui Costa é que a situação não seja polemizada. Ele frisou ainda que há divergências entre os posicionamentos do governo do estado e do município em relação a abertura e a flexibilização do comércio e que nem o governador, nem o secretário Fábio Villas Boas vão mudar o modo de pensar. No entanto, há o respeito pelo posicionamento da prefeitura e no momento atual o que os dois poderes podem fazer é se unirem para combater a pandemia.
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