Educação

Saiba quais são os erros mais comuns de alunos em provas

Estudar por grandes períodos de tempo e na noite anterior às provas estão entre eles.

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Para muitos estudantes, passar horas a fio com a cara nos livros, usar o dia anterior à prova para revisar todo o conteúdo e iniciar o exame pelas questões mais fáceis é o caminho correto para conseguir êxito nos resultados. No entanto, de acordo com um estudo que resultou no livro “Aprendendo a Aprender
 para Crianças e Adolescentes: Como se Dar Bem na Escola”, escrito pelos cientistas Barbara Oakley, Terrence Sejnowski e Alistair McConville, esse pensamento está incorreto.

Isso porque o cérebro precisa de tempo para criar novas correntes cerebrais, e, quanto mais esses conteúdos são praticados, mais complexidade é assimilada. Desta forma, as correntes ficam mais fortes e rápidas. Por isso, não é possível aprender todas as matérias na noite anterior à prova, já que é necessário que haja tempo hábil para que o cérebro descanse.

"Tempo e treino trabalham juntos para ajudá-lo a cimentar as ideias no seu cérebro. Se o tempo é curto, você não consegue criar novas estruturas no cérebro e ainda perde energia preocupando-se com isso", afirma Oakley, uma das autoras.

Sendo assim, é preciso revisar os conteúdos em períodos curtos de tempo e de forma constante, para que as “espinhas dendríticas e as conexões sinápticas” não desapareçam. Se isso acontecer, todo o esforço para entender e aprender a matéria será perdido, pois o conteúdo será esquecido.

Desta forma, todos os candidatos que pretendem se inscrever em vestibulares, nos concursos abertos e no exame da OAB devem começar a se preparar  meses antes das provas. Assim, haverá tempo suficiente para conseguir absorver os assuntos pedidos.

Além do estudo e da revisão necessária, um método de organização de questões também pode ajudar o candidato. Ele consiste basicamente em intercalar perguntas que o estudante considera difíceis e as que acha mais fáceis. Assim, é importante iniciar pelas mais complexas e que exigem um grau maior de concentração, e, em caso de muita dificuldade, alternar para uma ou duas que abrangem assuntos de domínio do candidato.

Assim, a técnica leva em conta que o cérebro humano funciona de dois modos: o focado, quando se está prestando atenção em algo, e o difuso, quando está em repouso e relaxado. E, portanto, esse descanso ao responder as questões mais fáceis pode proporcionar mais clareza e foco ao estudante quando ele volta para os assuntos mais complexos.

Sono e atividades físicas

Essas duas atividades também desempenham papéis importantes na retenção de conteúdo feita pelo cérebro. De acordo com Oakley, é durante o sono que tudo o que foi aprendido durante o dia é repassado e organizado. "Quanto mais você aprende, pratica e dorme, mais espinhas dendríticas e conexões sinápticas são formadas", explica o livro.As atividades físicas, por sua vez, fazem com que novos neurônios cresçam e propiciem momentos difusos em que o cérebro relaxa.