Hospitais privados

Suspensão de atendimento de médicos cirurgiões é adiada por mais 60 dias

Ficou definido que os hospitais pagarão os plantões de sobreaviso apenas aos médicos cirurgiões (geral) até a data limite de 1º de julho.

Andréa Trindade

Mais uma reunião foi realizada nesta quarta-feira (23) com o objetivo de resolver o impasse envolvendo médicos cirurgiões e planos de saúde. Os médicos reivindicam reajuste do valor pago pelos plantões de sobreaviso e ameaçaram parar as atividades. A paralisação foi suspensa temporariamente graças a um acordo com os hospitais que decidiram pagar os plantões aos médicos, que  deveriam receber dos planos de saúde. O pagamento foi prorrogado por mais 60 dias e o prazo não será estendido.

De acordo com Iracema Brandão, presidente da Associação de Hospitais e Estabelecimentos de Saúde (Asheb),ficou definido durante a reunião que os hospitais pagarão os plantões de sobreaviso apenas aos médicos cirurgiões (geral) até a data limite de 1º de julho.

Durante entrevista ao ACORDA CIDADE, ela informou que o Ministério Público suspendeu as reuniões agendadas e pediu uma planilha de custo  dos hospitais para avaliar o impacto que essa remuneração aos profissionais vai gerar aos hospitais.

 “O impasse continua,  as negociações praticamente não avançaram e a situação continua de extrema dificuldade”, disse a presidente lembrando que a reunião foi bastante tensa.

Ela disse que o MP vai continuar mobilizado junto com o Procon  e aguardará  uma definição dos planos de saúde, junto aos hospitais.

“Isso significa que uma cidade como Feira de Santana, com praticamente de 600 mil habitantes, ficará sem serviço particular de urgência e emergência, fica apenas a rede pública”, observou a presidente ressaltando que a situação pode gerar desemprego.

“Os hospitais automaticamente terão que restringir as suas atividades e isso vai gerar desemprego. O impacto social é grande”, afirmou.

Em todo Brasil a classe médica paralisará o atendimento de planos de saúde no dia 7 de abril,  Dia Mundial da Saúde. A data foi escolhida para os médicos e hospitais protestarem contra os planos de saúde e neste dia não serão feitas consultas eletivas, apenas de urgência.

Participaram da reunião representantes do Ministério Público, do Procon e dos Planos de Saúde, além da  presidente Asheb, Iracema Brandão.

As informações são do repórter Ed Santos, do programa Acorda Cidade.