Ilani Silva
A dona de casa Simone Silva, moradora do condomínio Rosimeire Carvalho, bairro Pedra do Descanso, compareceu no Complexo Policial de Feira de Santana e prestou queixa contra o atendimento do Hospital Estadual da Criança (HEC).
Segundo ela, o filho de 4 anos precisou do serviço de saúde e não obteve atenção dos médicos e enfermeiros porque estavam recolhidos em leitos do hospital.
“Quando chegamos lá, a médica olhou apenas a garganta do menino que apresentava febre, dor de cabeça e estômago, passou exame de sangue, esperei parte da madrugada esperando o resultado e a criança morrendo de dor, não tinha ninguém para resolver a situação”, disse.
De acordo com Simone, depois de muito tempo outra médica veio atendê-la, informando que o exame de sangue não havia apresentando nada de anormal, e recomendou um exame de urina para o garoto.
“Quando o exame de urina saiu nenhuma médica veio me dizer o que estava acontecendo, depois uma funcionária compareceu e me pediu para aguardar para ver se a dor passava já que ele havia sido medicado”, informou.
Sofrendo com a situação do filho, a dona de casa procurou a médica nos quartos do hospital e encontrou funcionários em um quarto escuro.
“A médica saiu com uma cara de sono,inchada e outros funcionários também pareciam estar dormindo”, alegou.
Indignada, Simone aguardou o atendimento do filho que estava com amidalite e depois se deslocou até a 1ª Delegacia para prestar queixa contra o atendimento. As pessoas citadas no documento serão intimadas pelo delegado Matheus Souza.
Versão do Hospital
Segundo a Assessoria de Comunicação do HEC, a criança não deixou de ser atendida, inclusive passando por quatro avaliações médicas. No entanto, logo que chegou ao Hospital não pôde ser medicada porque, de acordo com as normas médicas, o garoto só poderia ser medicado após 2h de espera, já que a mãe da criança havia dado paracetamol ao menino em casa para aliviar as dores.
Em relação ao questionamento de Simone Silva sobre o atendimento, a Diretora do Hec Edilma Reis informou que pelo menos seis funcionários estavam prestando serviço, mas a depender do local que a dona de casa estava posicionada no setor pode não ter visto.
“O recolhimento médico também é assegurado por lei, mas isso não interfere no atendimento, e o caso do garoto era de baixa complexidade, poderia ter sido liberado logo para casa, mas por preocupação dos profissionais de saúde foi aconselhado a permanecer no hospital”, disse.
Enfermeiras e técnicos da unidade de saúde também prestaram queixa na delegacia contra Simone Silva alegando agressões verbais pela mãe do garoto, de acordo com informações da assessoria. Com informações do repórter Aldo Matos do programa Acorda Cidade