Trânsito

Obra de ponte atrasa e aumenta o risco de acidentes em Feira

A destruição da antiga ponte em 2009 foi um protesto da comunidade, revoltada com a morte de oito pessoas em um acidente com um micro-ônibus na noite de 21 de julho de 2009.

Acorda Cidade

Um ano e sete meses depois de a população ter destruído a ponte na BA-503 que liga Feira de Santana a Coração de Maria, a construção da nova ponte entre os municípios, sobre o Rio Pojuca, está paralisada. Os repasses do governo estadual para a empresa vencedora da licitação foram interrompidos desde o final de 2010.

O Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia  (Derba) determinou que a empresa suspendesse os serviços, de acordo com Orlando Figueiredo, responsável técnico da Tekton, contratada para as obras. Ele não quis revelar o valor da dívida do governo estadual.

O diretor regional do Derba em Feira de Santana, Jaime da Cruz, disse que a obra está parada enquanto aguarda liberação do orçamento de 2011. “Todo início de ano é isto, temos que aguardar a liberação do orçamento para a continuidade dos serviços”, afirmou Jaime da Cruz.

A destruição da antiga ponte em 2009 foi um protesto da comunidade, revoltada com a morte de oito pessoas em um acidente com um micro-ônibus na noite de 21 de julho de 2009. O veículo bateu na mureta da ponte, por onde passava somente um veículo de cada vez. Mais de 20 pessoas ficaram feridas.

Prejuízos 

A pavimentação da rodovia  BA-503 era executada por outra empresa e está parada. O atraso das duas obras gera novos acidentes. “Na semana passada, um rapaz caiu da moto e ficou ferido. Esta semana, outra moto perdeu o pneu. Pior foi no mês passado. Como não tem sinalização, o carro bateu e o motorista morreu na ponte”, contou o comerciário Antônio César Silva.

O estudante João Carlos Lima fala dos prejuízos materiais com a moto por conta das condições precárias de tráfego. A ligação sobre o Rio Pojuca é indispensável para quem se desloca entre os dois municípios, distantes 26 quilômetros. A ponte tem apenas 90 metros de extensão.

(Glauco Wanderley –  A Tarde)