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A escola municipal José Eduardo Macedo Soares prestou nesta segunda-feira (5) uma homenagem a Mel Rhayane Ribeiro Jesus, de 6 anos, que morreu na última sexta-feira (2). Segundo familiares, a escola foi o último local onde a criança estudou.
Uma foto foi colocada no portão da escola, que fica no complexo do Lins, na Zona Norte. Mel morreu após ser torturada pelo pai e pela madrasta durante meses, de acordo com a polícia.
A menina, inclusive, teria sido tirada da escola para que os sinais de agressão em seu corpo não fossem denunciados. Segundo a secretaria de Educação, não foi localizado registro da matrícula da criança em nenhuma unidade da rede.
Duas investigações estão em curso na Delegacia de Homicídios da Capital: uma para apurar a morte da menina e outra específica sobre as agressões e torturas sofridas por Mel pelo pai e pela madrasta.
Mel será enterrada nesta segunda no cemitério do Caju, na Zona Norte.
Lesões graves chamaram atenção de médicos
A menina chegou morta ao Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio. As graves lesões chamaram a atenção dos médicos, que acionaram a polícia.
Ainda no hospital, homens da UPP do Lins detiveram o pai, Rodrigo Jesus da França, de 25 anos, que confessou o crime. Ele admitiu que deixava Mel Rhayane Ribeiro Jesus amarrada em casa.
Juliana Mayara Brito da Silva, a madrasta, negou ter batido na menina, mas foi presa em flagrante por omissão.
Mel Rhayane morava com o pai e a madrasta na comunidade da Cachoeirinha, no Lins. Vizinhos afirmam que Rodrigo chegou a atirar a filha de uma ribanceira.
Rodrigo e Juliana têm ainda dois filhos: uma de 2 anos e um bebê de 5 meses.
Fonte: G1