Feira de Santana

Encontro Estadual de Alcoólicos Anônimos promove troca de experiências e mais esperança para quem enfrenta a doença

As pessoas podem falar com o A.A em Salvador através do telefone: (71) 3322-7797 e em Feira de Santana através do número (75) 41414040.

13/07/2019 às 20h07, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

Acontece neste sábado (13) e amanhã (14), no Ginásio de Esportes do Colégio Castro Alves em Feira de Santana, o XXIV Encontro Estadual de Alcoólicos Anônimos. O evento busca mostrar os trabalhos de Alcoólicos Anônimos da região e também proporcionar um momento de confraternização entre os membros, de troca de experiências e compartilhamento de histórias de esperança e sobriedade.

A psicóloga e presidente da junta de serviços gerais de Alcoólicos Anônimos do Brasil, Camila Ribeiro Cene, disse em entrevista ao Acorda Cidade que embora os Alcoólicos Anônimos (A.A) não trabalhem com nenhum dado estatístico, a cada dia que passa é notório ver que o número de pessoas relacionadas com o alcoolismo cresce no país. De acordo com ela, o A.A fala do alcoolismo enquanto uma doença e incentivando as pessoas a buscarem tratamento e as diversas possibilidades de enfrentarem o problemas.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“No estado da Bahia nós temos 153 grupos e para ter acesso a informação de um grupo próximo de sua região basta entrar no site de Alcoólicos Anônimos: www.aa.org.br. Lá tem todos os grupos em todo o Brasil, principalmente no estado com endereço, telefone, data e horário e de reuniões. Qualquer pessoa que queira participar de uma de nossas reuniões, é só chegar”, explicou.

Ela frisou que cada vez mais cedo as pessoas estão fazendo o uso de bebida alcoólica. Muitos jovens e crianças iniciam o consumo de álcool dentro da própria casa e cada vez mais chegam até ao A. A pessoas jovens. A maioria das pessoas que procura o A. A tem idade entre 30 e 60 anos e são influenciadas pelos familiares ou profissionais de saúde para procurar ajuda. O principal critério, segundo ela, para que uma pessoa busque ajuda é que reconheça que tenha problemas com a bebida alcoólica.

“Acontece quando começam os problemas com a bebida ou não conseguem ficar sem beber. Temos 12 perguntas que ajudam a ter uma ideia dessa realidade. Se a pessoa tem problemas ou dificuldades relacionadas a bebida e reconhece isso, a partir daí pode começar uma caminhada que não é fácil, mas é de um sucesso possível”, acrescentou.

Camila informou que além do contato através do site, as pessoas podem falar com o A.A em Salvador através do telefone: (71) 3322-7797 e em Feira de Santana através do número (75) 41414040. O A. A não cobra nenhum valor e não e vinculado a nenhuma religião.

Alcoólicos em recuperação

Muitas histórias passam a todo momento pelo A.A. Todas se resumem a uma batalha diária contra o álcool e a vontade das pessoas de estarem bem e felizes.

Um alcoólico anônimo que não quis se identificar falou ao Acorda Cidade que a grande barreira entre a recuperação e a doença é a aceitação. Ele afirmou que vem aceitando o programa a cada dia e tem 19 anos na sua caminhada contra o álcool.

“Eu não consigo fazer sozinho. É uma recuperação permanente e diária. Uma busca constante, é uma doença, física, mental, moral, espiritual e mata, mata humilhando. É matar um leão por dia. Eu era apenas um bêbado que comecei a beber pequenas doses e depois me vi num estágio que eu não conseguia mais parar de beber sozinho. Eu já amanhecia trêmulo, tomava uma bedida para poder controlar os nervos ir até aos lugares, falar com as pessoas, ser aceito. Alcoólicos Anônimos me acolheu e hoje eu sou um pai, um irmão, um filho, não sou mais um bêbado, ganhei um nome . Hoje eu sou feliz por não beber”, declarou.

Outro alcoólico anônimo que não quis se identificar revelou que começou a beber aos 17 anos e aos 21 anos percebeu que não tinha mais controle sobre si em relação a bebida. Hoje com 41 anos, ele frequenta o A. A compartilha suas histórias e aprende com as histórias de outras pessoas.

“Hoje não bebo mais nada que contenha álcool e hoje a vida é feliz e sem álcool. Não há necessidade de beber para nada. Quero manter a sobriedade para ajudar a outras pessoas”, finalizou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
 

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