Cultura

Museu de Arte da Bahia recebe medalha de mérito museológico

Criada em 2004, com a finalidade de marcar a passagem dos 20 anos da Lei 7.287, que regulamentou o exercício da profissão de museólogo no Brasil, a outorga é dada aos museus com mais de 100 anos e que ajudam a preservar a cultura brasileira com a manutenção de seus acervos.

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Criado em 1918, o Museu de Arte da Bahia (MAB), localizado no Corredor da Vitória, em Salvador, abriga um importante acervo com 14.505 peças, entre esculturas, obras de arte decorativas e pinturas de mestres baianos. Primeiro museu da Bahia, o espaço recebeu a outorga do 'Diploma e Medalha de Mérito Museológico', entregue pelo Conselho Regional de Museologia – 1ª Região (Corem 1R), nesta quarta-feira (22), em razão dos 100 anos de existência.

“É um reconhecimento à história e ao acervo do MAB e à continuidade que nossa equipe tem dado a essa tradição secular. Este é um espaço com uma importância histórica muito significativa para a cidade. Nós estamos trabalhando para preservar isso e também para estabelecer uma relação mais contemporânea do museu com cidade, fortalecendo essa comunicação e dialogando com as novas linguagens”, afirmou o diretor do MAB, Pedro Arcanjo.

Criada em 2004, com a finalidade de marcar a passagem dos 20 anos da Lei 7.287, que regulamentou o exercício da profissão de museólogo no Brasil, a outorga é dada aos museus com mais de 100 anos e que ajudam a preservar a cultura brasileira com a manutenção de seus acervos. "A honraria representa uma distinção e um reconhecimento pelos serviços prestados no campo. O MAB foi escolhido pelo conselho, por unanimidade, pela representatividade que tem para a Bahia”, explicou a presidente do Conselho Regional de Museologia – 1ª Região, Osvaldina César.

100 anos de MAB

O MAB é vinculado ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), unidade da Secretaria de Cultura do Estado (Secult). Foi criado em 23 de julho de 1918 e já passou por algumas sedes, como o Solar Pacífico Pereira, no Campo Grande, local onde foi construído o Teatro Castro Alves (TCA); e Solar Góes Calmon, em Nazaré, atual sede da Academia de Letras da Bahia. Em 1982, o museu foi transferido para o Corredor da Vitória, onde está localizado atualmente.

O acervo do MAB é constituído pela reunião de coleções organizadas na Bahia a partir do século XIX, com destaque para a coleção Jonathas Abbott, enriquecida com pinturas de mestres baianos do século XX. Outra coleção agregada foi a do ex-governador da Bahia Góes Calmon, adquirida pelo Estado em 1943, reunindo peças de arte decorativa, como móveis setecentistas e oitocentistas, lustres, porcelanas orientais e europeias, joias, pratas, cristais, esculturas religiosas, pinturas e estampas de autores conhecidos e seguidores de escolas europeias do início do XIX.

Na década de 1980, também foi incorporada ao acervo do MAB, como doação póstuma, a coleção do ex-diretor da instituição, José Pedreira, com cerca de 50 peças, entre mobiliário, objetos europeus e orientais. O museu possui ainda um acervo documental composto por mapas, fotografias, cartas, postais e convites, além de biblioteca especializada, com periódicos, catálogos de exposições e livros direcionados aos temas de história da arte, estética, museologia e história da Bahia.