Feira de Santana

Produtos da Semana Santa estão com preços estabilizados no Centro de Abastecimento

No principal entreposto comercial da cidade, o Centro de Abastecimento, os comerciantes reclamam das vendas.

Produtos da Semana Santa estão com preços estabilizados no Centro de Abastecimento Produtos da Semana Santa estão com preços estabilizados no Centro de Abastecimento Produtos da Semana Santa estão com preços estabilizados no Centro de Abastecimento Produtos da Semana Santa estão com preços estabilizados no Centro de Abastecimento

Daniela Cardoso e Ney Silva

A Semana Santa está se aproximando e nesse período os produtos para o caruru e também peixes são muito procurados. Mas este ano, a crise que assola o Brasil pelo desemprego está impactando as vendas em Feira de Santana. No principal entreposto comercial da cidade, o Centro de Abastecimento, os comerciantes reclamam das vendas. A comerciante Edna Maria Cerqueira diz que o povo sumiu e culpa a situação econômica do Brasil.

“As vendas estão baixas, o povo sem dinheiro, tudo muito caro. Muitas pessoas não podem comer caruru e nem vatapá, por motivo de doença. Ainda tem a situação da obra do Centro de Abastecimento e o pessoal não tem onde estacionar o carro. As pessoas não vêm mais para o Centro. A gente está comprando pouca mercadoria”, afirmou.

Com relação aos preços, a comerciante afirmou que a maioria dos produtos está mais barato. Ela afirmou que no ano passado vendia a castanha por R$ 50 e este ano está vendendo o produto por R$ 40, o quilo. Ela destacou que para fazer um bom caruru não pode faltar camarão, castanha, amendoim, azeite, quiabo e leite de coco.

Com mais de 50 anos instalada no comércio, Raulinda dos Santos, diz que o camarão é o produto da Semana Santa que está sendo mais procurado. Segundo ela, o quilo do camarão está sendo vendido por R$ 45, mais barato que no ano passado, quando era comercializado por R$ 50.

“As vendas ainda estão devagar, mas a situação vai melhorar com a aproximação da Sexta-Feira Santa. Muita gente deixou de fazer caruru, devido a religião, mas ainda assim acredito na melhora das vendas”, afirmou.

Na área destinada aos peixes, o movimento está bem melhor. Há 30 anos vendendo peixes, Ivan Trindade afirma que nesta época do ano as vendas melhoram bastante. 

“O pessoal tem a tradição de comer peixe nessa época do ano e de agora em diante a procura por peixe é muito grande. Os preços ainda estão mais baixos que no ano passado, mas a tendência é que aumente, pois a demanda aumenta também. A gente faz o possível pra segurar o preço e dá uma condição melhor ao cliente”, afirmou.

O comerciante informou que os peixes mais procurados até o momento são a corvina e a tilápia, que custam 15 e 12 reais, respectivamente. Na peixaria dele é possível comprar o quilo do peixe de até 35 reais, neste caso, é a pescada amarela.

“Esses preços estão mantidos, mas semana que vem pode aumentar um real ou dois. Se o pessoal se antecipar pega o preço mais baixo e ainda não pega aquele movimento todo”, afirmou.